Depois de quatro anos cursados na FAVI (Teologia Vicentina) de Curitiba – PR realizou-se a conclusão de curso em Teologia no dia 6 de dezembro, na catedral de São José dos Pinhais.

A apresentação monográfica à banca examinadora dia 25 de novembro tratou o tema “A igualdade da mulher e do varão na Igreja”. É uma realidade muito discutida e reclamada especialmente pelas mulheres e refletida por reconhecidas teólogas no mundo todo.

À Igreja, faz muita falta a presença feminina nos mesmos parâmetros que o varão, sem por isso precisar do ministério ordenado nem hierárquico, mas sim, de uma reestruturação da Igreja que lhe permita participar nas decisões dos caminhos da Igreja e inclusive sobre sua própria vida, conforme o projeto de Jesus.

O paradoxal movimento de avanços e retrocessos da Igreja sobre este assunto se torna claro nos seus documentos. É desde o Concílio Vaticano II que a Igreja disse em documentos e Conferências Episcopais que a mulher seria reconhecida como merece, a partir da “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,27); portanto, de igualdade com o varão, mas até hoje está praticamente só no papel.

Equivocadas interpretações exegéticas introduziram, enganosamente, a Igreja a crer que, o que ela determinou como ortodoxia através do varão, é a verdade única e sem mudanças. As mulheres, perspicazes, “desconfiaram”, e descobriram uma força ainda não experimentada na Igreja: a delas próprias. O IV Evangelho é o que mais transparece esta realidade através de uma exegese feita por mulheres.

Tudo isto nos faz cientes de que o pleno resgate da mulher na Igreja não virá a partir das iniciativas da autoridade eclesiástica, mas da própria mulher. Portanto, há uma perspectiva que só se concretizará por força da necessidade histórica e do impulso feminino, simultaneamente.

Estamos todas convidadas à conquista dessa igualdade como coerência à pratica de Jesus e para uma Igreja mais verdadeira, segundo os parâmetros do Mestre.

Agradeço a toda a Província São Francisco de Assis da qual obtive as mais diferentes formas de apoio para chegar até aqui. Oportunamente, a todas e cada uma, desejo um Feliz Natal!