Dissertação apresentada ao programa de estudos pós-graduados em Ciências Sociais, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem como título JOVEM MAIA: COTIDIANO E CONDIÇÕES SOCIAIS EM IXCÁN, GUATEMALA.

A Banca de Defesa realizou-se às 14 horas do dia 12 de março de 2014, no campus de São Paulo.

Foi composta pelos professores: Professora Drª Lucia Helena Vitalli Rangel - orientadora; Professor Dr. Edgard de Assis Carvalho e Professor Dr. Benedito Prezia.

A dissertação é uma narrativa de aspectos do cotidiano e das condições de vida dos jovens Maias de Ixcán, Guatemala.

A convivência cotidiana, intercâmbio, escuta e construção de novas convivências com os jovens, particularmente os Maias, motivou-me a aprofundar o tema da juventude. Percebi a diversidade juvenil no intercâmbio de aspirações, buscas e desafios e nas sutilezas das relações sociais, nas quais presenciei tensões, afetos e relacionamentos entre as gerações.

As condições históricas geraram distintos movimentos na vida do povo Maia e ressoam nas diferentes vivências dos jovens que se entremeiam com a história de seus antepassados. O processo de colonização espanhola impôs ao povo Maia outros modos de vida.     O sonho da terra foi usurpado durante os trinta e seis anos da guerra civil. Ixcán, que representava esperança, tornou-se uma experiência de horror e traumas. A violência do conflito desestabilizou e dissipou o tecido social, estremeceu relações familiares, sociais, comunitárias. As imagens e os ruídos impregnaram-se nas mentes dos jovens. A participação e o protagonismo juvenil, após os Acordos de Paz em 1996, foram importantes no restabelecimento da paz tão almejada.

Práticas cotidianas como alimentação, vestimenta, língua, relações sociais, modos de expressão, mostram os laços de pertencimento familiar e comunitário dos jovens. Hoje, os meios de comunicação delineiam novas interconexões nos diversos modos de ser jovem.

Os jovens acalentam sonhos. Eles são variados, ousados, carregados de teimosa esperança. Esperança que caminha para o querer-viver e o bem-viver, como nos propõem nossos anciãos/transmissores:

“O que para nós, porém, é certo é que, hoje, temos necessidade de uma nova política do querer-viver e do reviver, a qual nos arranque da apatia e da resignação mortais. Essa política do querer-viver assumirá a fisionomia de uma política do bem-viver. (...) O querer-viver alimenta o bem-viver, o bem-viver alimenta o querer-viver: Juntos, um e outro abrem o caminho da esperança” (HESSEL; MORIN, 2012, p. 61).

Bendigo a Dios por la experiencia compartida con los jóvenes y las comunidades del Ixcán. Gracias a las hermanas que allá siguen em la misión, de manera especial las que fuímos compañeras de fraternidad. 

Agradeço o apoio de cada irmã no percurso do estudo, especialmente daquelas que convivemos na fraternidade de Vila Matilde e das que cuidaram de mim quando mais precisei na doença.

Com carinho, Adriana Ines Nones.

Querida Adriana!

 Parabéns pela escolha da temática e a constante dedicação e persistência no aprofundamento do tema escolhido!

 Parabéns pela sábia apresentação, conduzida com serenidade e sabedoria! Percebemos seu carinho e sensibilidade pela causa dos povos indígenas.

Obrigada pelos dons partilhados entre as comunidades e especialmente entre a juventude e as irmãs da missão Guatemala!

 Com carinho e gratidão a abraçamos!