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03 Abril 2014
VIDA E MISSÃO EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA-AM

“Sou missionária, sou povo de Deus. Sou índia, cabocla, mestiça fazendo da vida a missão; aqui nesta grande tapera da Igreja Amazônica sou mensageira de um Deus que é irmão.”

Nos dias 17 a 22 de março visitamos juntamente com o Padre Reuberson, pároco, as comunidades ribeirinhas da paróquia Dom Bosco em São Gabriel da Cachoeira-AM: Cué Cué, Juriti, Nova Vida, Auxiliadora, São Felipe, Nossa Senhora Aparecida, Ilha do Açaí, Tawá, Tacira Ponta, Trovão e Monte Cristo.

No dia 26 fomos à comunidade São Luíz, contando com a presença da Irmã Iria Minosso e a postulante Irlândia, província São Francisco de Assis.

A programação constava de momentos de conversa com a comunidade, partilha de alimentos, estudo da campanha da fraternidade, via-sacra, confissões e celebração eucarística no tempo quaresmal e em preparação à páscoa. Tivemos as viagens de uma comunidade para outra pelas águas do Rio Negro e Waupés com a condução do prático Sr. Jorge, muito banho de rio, sono gostoso na rede, algumas chuvas e muito sol.

“A itinerância para mim foi ver o rosto de Deus no espelho das águas do Rio Negro, a paisagem bonita do verde das árvores, o canto dos pássaros, dos animais, o pôr do sol, a lua e as estrelas que embelezavam a noite, o encontro e o sorriso de cada criança, mulher, idosos, pais e mães que nos acolheram de braços e coração abertos, oferecendo o que tinham de melhor: quinhapira, beiju, farinha, açaí, mingau, xibé, vinho de umari, peixe salgado, carne de caça, banana, pipoca, macarrão e outras riquezas das comunidades visitadas.  Tivemos também o constante  cuidado e carinho do Sr. Jorge e  Pe. Reuberson  na alimentação, armação de redes, partilhas e aventuras em cada comunidade. Fica em meu coração imensa gratidão a Deus por habitar em cada gesto, palavra, acolhida, alegria, celebração e simplicidade dos povos indígenas que me fazem amar e olhar com mais intensidade a missão neste lugar sagrado do Rio Negro”. Fabiula

“Ao sair para a itinerância muitos sentimentos passaram pelo meu coração: incerteza, medo, insegurança de como seria. Durante a viagem fui refletindo sobre a vida dos povos indígenas que vivem nas comunidades, a cada  dia busquei abrir o meu coração e acolher com generosidade o seu modo de vida, permeado de humildade, solidariedade, partilha e outros valores. Numa atitude de despojamento me dispus a consumir tudo o que eles ofereciam. O tempo em cada comunidade foi favorável para realizar a programação e vivência da espiritualidade. Cada encontro foi fortalecendo em mim o desejo de amar o diferente, sonhar o melhor, estar com o povo colaborando na construção de uma terra sem males. Ajudou em nossa caminhada para contribuir e refletir esta realidade, estendendo nossa mão para os nossos irmãos indígenas, aprender, conhecer, ter os olhos abertos juntamente com eles. É por aí que começamos um novo mundo onde possamos realmente viver a vida em abundância”.  Silvia

“Para mim a itinerância foi marcada pelo ENCONTRO: com as pessoas, mulheres, crianças, jovens, homens, professores, catequistas, mães..., com as águas profundas e exuberantes do Rio Negro e Waupés que nos fazem retomar a nossa pequenez e insignificância; com os sabores da quinhapira, açaí, curadá, peixe moqueado, farinha, pimenta, xibé...; encontro profundo com Deus em tudo e de modo especial nos gestos de acolhida, orações, celebrações, cuidado, generosidade e partilha. Senti-me embalada pelas águas, pelo povo, os companheiros e companheiras de viagem e pela irmandade que se manteve em sintonia e comunhão”. Cidinha

 

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Fabiula Souza da Silva, Silvia Eugenia Morales-postulantes e irmã Maria Aparecida Marques Fernandes

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