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30 Abril 2014
Povos Indígenas de Guajará Mirim/RO, reivindicam direitos...

Os povos indígenas Oro Nao, Oro Waram, Oro Waram Xijein, Oro Mon, Jabuti, Cao Oro Waji, Oro Jowim, Oro Win, Oro Eo, Oro At, Makurap, Cabixi, Tupari, Canoé, Arikapu, Puruborá, Sakirabiat, Wayoro, Cujubim, Migueleno da região de Guajará Mirim e Nova Mamoré/Rondônia, desde o ano passado, vem reivindicando melhores condições de vida e garantia dos direitos constitucionais. Durante a 13ª Assembleia da Organização Oro Wari (12/2013), após avaliação e debate, os povos reunidos chegaram ao consenso de que é preciso urgentemente mudar a Coordenação atual da FUNAI, pois esta não está respondendo aos anseios e necessidades dos povos desta região. Com isso foi encaminhado ainda ano passado, documento reivindicando esta mudança, porém, a FUNAI, está surda as solicitações dos povos.

Problemas como: invasões de territórios por madeireiros, fazendeiros e outros, são denunciados à Policia Federal, à FUNAI, Marinha, ao Ministério Publico Federal, sem que providências sejam tomadas. A mesma situação de descaso e desrespeito ocorrem com relação à educação e a saúde indígena, com os inúmeros fatos que ocorrem, que vai desde o mal atendimento e funcionamento da SESAI, até falta de medicamento, a demora nas consultas, falta de infra estrutura na CASAI e outros problemas.

Não bastasse todos estes descasos, no mês de março de 2014, com as fortes inundações, o governo do estado de Rondônia, para ter uma via de acesso a Guajará Mirim, conseguiu junto a Justiça Federal a liberação da BR 421 – Estrada Parque, colocando em risco os povos indígenas que vivem isolados nestas imediações, bem como, o aumento das invasões nos territórios dos povos Karipuna e Wari.

As fortes chuvas e as inundações do Rio Madeira, Mamoré, Pacaas Novos e Guaporé, provocados pelo Complexo Hidrelétrico do Madeira, deixou mais de 250 famílias indígenas sem suas roças e casas. Pouco ou nada está sendo feito, no sentido de atender estas famílias, somente em meados de abril, as famílias desabrigadas foram cadastradas pela Defesa Civil, sendo repassadas as cestas básicas a FUNAI, sem que até o momento, cheguem às famílias indígenas atingidas pelas inundações.

Diante destes descasos, no dia 28 de abril, indígenas de vários povos de Guajará Mirim se concentra em frente ao escritório da coordenação local da Fundação Nacional do Índio (Funai), ocupando o prédio. Segundo informações do Jornal Guajará Noticiais, o professor Milton Oro Nao, que mora na localidade de Capoeirinha, no rio Pacaás Novos, explicou que o movimento é pacífico e visa a substituição do atual coordenador a quem acusam de omisso com as causas indígenas. Além disso, eles reivindicam mais atenção nas áreas de saúde e educação e assistência às famílias atingidas pelas cheias que, segundo ele, estão abandonadas e entregues à própria sorte. Afirma ainda, que “Não existe prazo para abandonarem o local e que só o farão quando a presidência da Funai, em Brasília, anunciar a demissão do atual coordenador e medidas para atendê-los”.

Os mesmos colocaram na pauta de reivindicação o tema da saúde, que é grave em Guajará Mirim e regiões, cestas básicas para atender os atingidos pelas enchentes e também a implantação de um Distrito Indígena em Guajará-Mirim, que hoje funciona em Porto Velho,  de acordo com dados da Organização Wari, a população indígena na região de Guajará Mirim, ultrapassa a 5.000 indígenas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: CIMI/RO
  • Enviado por: Irmã Laura V. Pereira Manso

Comentários  

#1 Romilda Graciosa Weinrich 02-05-2014 08:33
Irmã Laura e Povos indígenas!
Apoiamos todas as suas reivindicações e somos solidárias com toda essa situação.
Este conteúdo precisa ser divulgado também através de outros meios de comunicação de grande circulação.
Prossigam na luta, porque "um outro mundo é possível"!

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