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20 Maio 2014
CRB lança campanha contra o tráfico de pessoas

Cerca de 32 bilhões de dólares são movimentados neste crime por ano.


A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) lançou oficialmente em Brasília, dia 14 de maio, a campanha Jogue a favor da vida–denuncie o tráfico de pessoas.

A iniciativa é da Rede Um Grito pela Vida, grupo pertencente à CRB, e pretende sensibilizar a sociedade civil sobre o tráfico de pessoas e exploração sexual, que deve se expandir durante a Copa do Mundo.


Segundo a Organização das Nações Unidas, 32 bilhões de dólares são movimentados por ano com o crime – uma das atividades globais ilícitas mais lucrativas atualmente. Em todo o mundo, 4,5 milhões de pessoas são vítimas de tráfico para exploração sexual, de acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho.


Irmã Eurides de Oliveira (Irmãs Coração de Maria), socióloga e
coordenadora nacional da Rede Um Grito pela Vida, trabalha na questão com mais dois mil religiosos e pessoas da sociedade civil e conhece muito bem esta realidade. “O tráfico de pessoas é uma chaga social que destrói a dignidade”.


Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, lançados em 2011, o tráfico de pessoas e exploração sexual atinge mais mulheres (80% das vítimas). Elas, em geral, são desempregadas, mães solteiras, têm baixa escolaridade, são menores de idade, moram em regiões periféricas e já sofreram abuso.


As cidades sede da Copa têm todos estes perfis. Analisando a situação, irmã Eurides alertou: “Não é possível ficar passível diante deste crime. É preciso promover a cultura da vida, da paz e justiça social, a dignidade da pessoa humana”.
Também estiveram presentes no lançamento a irmã Maria Inês Ribeiro, vice-presidente da CRB Nacional, Marcello Lavenère Machado, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e Jefferson Ribeiro, secretário de Justiça do Distrito Federal.

Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)esteve presente no lançamento da campanha. Ele ressaltou que a iniciativa de coibir o tráfico humano já vem sendo articulada desde 2006, sendo a Campanha da Fraternidade deste ano fruto destas ações.


O secretário geral destacou a presença discreta, mas eficaz das religiosas em várias regiões do Brasil. “É uma presença misericordiosa e samaritana. A iniciativa ajuda no resgate de vidas humanas. Estas pessoas, que sofrem esta dura realidade, tem o direito de liberdade para que levem a vida em plenitude. O tráfico é uma morte existencial e como é difícil as pessoas voltarem a ter as suas vidas e seus sonhos após uma experiência dessas”, conta.

A Campanha da Fraternidade procurou abrir os olhos do Brasil para a questão. Um diagnóstico revelou que os países sede das duas últimas edições da Copa (Alemanha e África do Sul), tiveram um significativo aumento da exploração sexual – decorrente do tráfico de pessoas – durante a realização do evento.

O Brasil traz uma formação cultural ainda bastante focada no valor das relações pessoais, sobretudo às voltadas à mulher, como objeto de prazer e consumo. Ancorado à imagem de nação hospitaleira e alegre, o país é origem, trânsito e destino para o tráfico interno e externo de milhares de crianças, adolescentes e jovens, na faixa etária de 10 a 29 anos. As
regiões com maiores rotas de tráfico internacional e interestadual são norte e nordeste, seguida de perto pela sudeste.


Para coibir este crime, a campanha já está desenvolvendo várias atividades em parceria com diversas organizações. São elas:

- Sensibilização e informação, priorizando grupos em situação de
vulnerabilidade, lideranças comunitárias e agentes de pastoral;
- Organização de grupos de reflexão e estudo para aprofundar as questões de tráfico humano e exploração sexual;
- Capacitação de multiplicadores;
- Participação e mobilização social;

O cidadão que presenciar ou suspeitar de alguma movimentação ligada ao tráfico de pessoas e exploração sexual, pode ligar para o disque denúncia da campanha: 100 ou 180.


Para mais informações, acesse: http://gritopelavida.blogspot.com.br

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: CRB

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