“Há séculos que o ser humano vive exilado. perdemos a conexão com o cosmos e com a própria Terra, nossa casa comum. Tratamo-la como algo inerte, um repositório de recursos a serem explorados até a exaustão pelos seres humanos. Negamos-lhe subjetividade e direitos. Os antigos e os modernos compreenderam bem que a Terra é um superorganismo vivo, e que nós somos seus filhos e filhas. Fomos a consciência da biosfera terrenal; o momento em que a Terra se transfigura em consciência, em linguagem, em comunicação e em celebração. Pelo fato de possuírem mais que nós, de serem nossos irmãos e irmãs cósmicos, os demais seres merecem ser respeitados e venerados. Todos eles falam, pois têm uma história a contar, inscrita em sua estrutura ou no seu código morfológico ou genético.Temos perdido a capacidade de escutar as falas e as mensagens dos seres e, assim, de aprender lições de sabedoria deles, das plantas, dos animais, dos pássaros, dos peixes, das várias culturas humanas. Acostumamo-nos a falar tão alto que somente a nossa voz se faz ouvir. E assim vivemos solitários e solitárias, em vez de sermos solidários com todos”(Leonardo Boff).
Mas ainda há tempo de nos reconectarmos com o universo e refazermos a aliança da vida, do amor, da ternura, do cuidado que nos capacita para a vivência da missão, no dinamismo do encontro, da festa, da alegria de resgatar a vida da criação.
Somos irmãs Catequistas Franciscanas, e nosso compromisso é de captarmos os “milhões de ecos que vêm dessa grande Voz que reboa de ponta a ponta do universo e que vibra em cada ser. Cabe-nos unir nossa voz a esse eco universal e a venerar o maestro dessa imensa orquestra cósmica”.
E com Clara e Francisco queremos ardentemente, escutando e aprendendo sempre, revelarmos, humildemente, nossa grandeza, realizando nossa missão no mundo e somente assim encontraremos a paz e o encantamento pelas pequenas conquistas do dia a dia.
A Mãe Terra grita e pede socorro! Precisamos urgentemente abraçar a causa da defesa da ecologia, pois do contrário sucumbiremos todos e todas! A teia da vida está rompida! Vamos unir nossas mãos e refazê-la pela continuidade da vida no Planeta Terra!
Comentários
Somos desafiadas, sobretudo na Amazônia, a ouvir o grito que vem da terra, das águas, da floresta, a ouvir o gemidos dos povos que sofrem com o descaso do poder público.
Que a Divina Sabedoria nos ajude a encontrar caminhos de comunhão para que sejamos presença solidária e profética nesta realidade.