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18 Julho 2014
Um coração agradecido

É com imensa alegria (coração e ideias confusas...) que agradeço às Irmãs Catequistas Franciscanas pela oportunidade de ter vivido em Moçambique de 8.06.2012 a 03.07.2014, partilhando esta experiência missionária, de modo especial, com as Irmãs Darlene Francisca Lima e Aurélia Dalmago.

Tempo de aprendizado! Tenho plena certeza de que em nenhuma graduação teria adquirido a experiência que lá vivi, e também nenhum curso teria conseguido formatar e reformatar em mim aquilo que a vivência com as irmãs e o povo formatou.

Talvez não pareça, mas por dentro minha alma foi quebrada; talvez pareça que me encontre refeita... talvez um pouco, e o mais a vida irá reconstituindo.

Cada pessoa, cada olhar, cada uma e cada um que passou em meu caminho, neste tempo, levou parte de mim, mas sei que também cada um deixou, à sua maneira, parte de si. Por alguns minutos, algumas horas ou dias, por meses ou anos... o suficiente para tornar-se inesquecível, eternizar-se.

Peço perdão pelas minhas fraquezas e defeitos, não imaginava que fossem tantos. Então percebi que eu tinha uma ideia muito falsa e irreal sobre mim, e também o quanto preciso crescer, amadurecer.

Obrigada, queridas irmãs, pela sintonia, por me acompanhar nas orações e no silêncio, com mensagens e de tantos outros modos. Tenho-vos no meu coração, como parte de minha vida, como minha família, em especial a Darlene e a Aurélia, que para mim serão para sempre minhas irmãs, não aquelas que meus pais me deram, mas aquelas que Deus escolheu para fazer parte da minha vida.

Obrigada, Irmã Terezinha Sotopietra, minha querida “madre”, por tantos gestos de delicadeza e apoio. À Coordenação Geral, à Província Imaculado Coração de Maria e à Província São Francisco de Assis, obrigada por me terem permitido fazer parte de vossa casa. Sem vocês, este desejo por África dentro de mim não passaria de um desejo irrealizável.

Ternamente, Zenir Gelsleichter

 

Depoimentos dos familiares

 

Mãe – Agradeço a Deus pela experiência que minha filha fez com aquele povo. Estou feliz e também agradeço a Deus por ela estar de volta.

 

Ademir (irmão) e Valdete (cunhada) – A Zenir foi atrás de um desejo da infância: ser missionária, evangelizar outros povos, pregar a Palavra de Deus. Com o apoio de toda a família, e através das Irmãs Catequistas Franciscanas, conseguiu esta conquista e a realização deste sonho. A volta foi de muita alegria para todos, depois de dois anos longe da gente.

 

Valésio (irmão) – Eu vejo que a ida da Zenir pra África foi um ato de coragem e ousadia, conforme está escrito na Bíblia: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Também de trabalho social, renunciando à vida que ela tinha junto da família, o trabalho que possuía, deixando tudo isso, indo a terras tão distantes, talvez até mesmo arriscando a própria vida. O retorno dela foi de grande importância, pois pôde trazer para nós novas experiências de cultura, de etnias, pôde nos passar nova visão sobre a vida na África, bem como a felicidade de tê-la junto conosco.

 

Nelson (irmão) – A Zenir se arriscou muito para ter essa atitude por amor, teve coragem de renunciar à família. A viagem, graças a Deus, foi tudo bem na ida e na volta.

 

Nenilda (cunhada, esposa de Nelson) – Obediência à Palavra de Deus e disposição no seu seguimento. Muito bom tê-la de volta conosco e partilhar de suas experiências.

 

Irene (irmã) – A Zenir é a irmã mais nova e corajosa da família. Desde algum tempo faz trabalho missionário aqui no Brasil, e quando apareceu a oportunidade de ir à África ela deixou tudo e seguiu em frente. Realizou o sonho de fazer a diferença e foi uma experiência para toda a vida. É maravilhoso. A volta foi maravilhosa, cheia de experiência e muita saudade. É o orgulho da família Gelsleichter.

 

Marcos (cunhado, esposo de Irene) – Uma escolha de vida, ajudar e entregar a sua vida aos outros, deixando o orgulho de lado. Gostaria de ter essa coragem. Sempre é bom voltar, estando com a família.

 

Valdete (irmã) – Desde criança, a Zenir queria ser missionária e ela conseguiu realizar esse sonho num país tão distante. Bom tê-la de volta para matar saudades. Sempre apoiaremos estes seus sonhos.

 

Elson (cunhado, esposo de Valdete) – Ela cumpriu um mandato bíblico e está nos trazendo sua experiência, estamos felizes.

 

Kilson e Carmem (cunhado e esposa): Em relação à Zenir, é uma atitude de renúncia, coragem e amor ao próximo, também confiança na obra na qual ela estava engajada. Confiança esta que foi retribuída pelas Irmãs, pela recepção e apoio para que pudesse realizar este trabalho, que para a família ficou como um testemunho e exemplo de atitude. Muito se fala de fé e legado cristão, mas poucos têm essa coragem de assumir tal compromisso.

 

A volta significa a conclusão, para compartilhar conosco e com os demais as realidades políticas, religiosas e culturais de um país e de comunidades menos favorecidas. Através das informações, percebemos que vivemos em outra realidade social, e assim refletiremos e aproveitaremos melhor as oportunidades que nos são dadas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Zenir Gelsleichter