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11 Agosto 2014
Encontro de Pastoral de Mobilidade Humana - Brasil / Peru / Bolívia

Entre os dias 31 de julho a 02 de agosto estivemos reunidos em Assis Brasil/AC, para o Primeiro Encontro de Pastoral de Mobilidade Humana organizado pelas Igrejas de Fronteira: Brasil, Peru e Bolívia, com a presença de 50 participantes, entre agentes de pastoral, 9 religiosos/as, 03 bispos e leigos. Participaram alguns representantes da sociedade civil diretamente envolvidos com a Pastoral da Mobilidade Humana e das Cáritas em suas cidades.

E teve como objetivo a   verificação da situação migratória na tríplice fronteira BOLPEBRA (Bolívia-Peru-Brasil) e socializar a resposta da Igreja a esta realidade, motivando os agentes pastorais a organizar uma ação conjunta como Igreja, partilhando experiências e boas práticas.

No segundo dia do encontro aconteceram mesas de trabalho onde foram apresentadas as realidades migratória nas três fronteiras, cujos participantes dessas mesas são membros da Sociedade Civil, do governo e da Igreja, todos com larga experiência em trabalhos migratórios nesses países de fronteira. Outro tema e realidade apresentada foram a questão da trata e do tráfico de pessoas – a escravidão moderna.

Dr. Ildon Maximiliano Neto, Promotor de Justiça, em Assis Brasil – AC convidado a dialogar com os participantes do encontro, colocou duas situações bem concretas nesta realidade de fronteira. Indiretamente sente-se conivente com a realidade, pois, às vezes acaba assinando processos de menores trazidos pelos “coiotes” a serem entregues aos pais em diferentes regiões no Brasil, mais força ainda, a rede dos coiotes sente para continuar trazendo outros menores.

O Brasil não tem uma política migratória. E um escândalo permitir que as pessoas entrem do jeito que estão entrando no Brasil. Quanto mais o Estado se torna eficiente no fornecimento da documentação aos migrantes, mais gente entra e com isso mais fortalece a própria rede dos “coiotes”. O ideal seria que, uma vez que autorizada a entrada dos migrantes, eles já chegassem com a legalidade desde seu país de origem para o destino que buscam.

Realizamos também trabalhos em grupos, onde fizemos um levantamento sobre as problemáticas mais fortes e desafiantes que encontramos nas fronteiras, dentre elas foram elencadas o tráfico de drogas, de crianças e adolescentes, o medo de denunciar os casos e represálias dos migrantes, racismo, pobreza, rejeição, preconceito, intolerância, pouco respeito e xenofobia que sofrem os migrantes, falta de formação e preparação dos agentes/funcionários públicos, o migrante visto como uma ameaça, a falta de políticas públicas de atendimento ao migrante e pouca preparação de agentes para atender a demanda e necessidades da realidade migratória na fronteira.

Faz-se necessário ir ao encontro do migrante. Percebe-se certa resistência da população local e pouco apoio da sociedade civil. Falta de tratamento digno aos migrantes e informações sobre seus direitos. Necessidade de um centro de acolhida e orientação dos migrantes na fronteira. Necessidade de unir critérios e organizar ações de enfrentamento dos desafios da realidade migratória e do trafico de drogas nas fronteiras. Dificuldade de comunicação devido idiomas diferentes.

No último dia do encontro nos reunimos em grupos por nacionalidades (Brasil, Peru e Bolívia), onde buscamos algumas ações para enfrentar essas problemáticas da migração.

Alternativas:

Criar uma rede de atendimento ao migrante na fronteira; Elaborar um projeto conjunto de Pastoral de Mobilidade Humana para a tríplice fronteira; Realizar uma Campanha educativa de informação e prevenção do envolvimento com as drogas em parceria com o poder público; Confeccionar um folder com as informações básicas para os migrantes em diferentes idiomas (espanhol, criolo, inglês e Frances); Utilizar os meios de comunicação social, principalmente rádio, para sensibilizar a sociedade civil e os pais de famílias, quanto a realidade do tráfico de crianças; Promover o voluntariado das pessoas para o serviço de atendimento aos migrantes; Refletir/debater com a Igreja local na região sobre qual ação poderia ser assumida para enfrentar o tráfico de pessoas e dar assistência às vítimas; Provocar a incidência dos órgãos públicos para que exerçam seu papel de repressão ao tráfico e responsabilização dos culpados.

O Encontro foi avaliado como bastante produtivo devido o interesse e preocupação das três Dioceses e dos Cristãos inquietos envolvidos com a realidade do imigrante na sociedade.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Clarice Berri

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Arte: Lenita Gripa

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