A Província Santa Clara de Assis foi criada na segunda sessão do Capítulo Geral Especial da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, em 28 de dezembro de 1968, e teve sede provisória em Laurentino, SC. A transferência para a sede definitiva, em Rio do Sul, SC, deu-se em 1971.

A Província foi constituída, inicialmente, pelas fraternidades localizadas no Alto Vale do Itajaí e Sul de Santa Catarina, e na região missionária do Maranhão. Em 1971, foi aberta a primeira fraternidade na região Sudeste, localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Nos anos seguintes, a expansão missionária deu-se principalmente no Nordeste, com abertura de novas fraternidades no Maranhão e outras em Alagoas, Piauí, Paraíba, Ceará e Tocantins. Em 2000, as fraternidades da região Nordeste passaram a pertencer à Província Irmã Cléglia Ânesi, criada no Capítulo Geral daquele ano.

Apelos missionários de povos além-fronteiras também encontraram eco na Província Santa Clara de Assis. Desde 1983 ela participa da missão África, coordenada pela sede geral da Congregação. As irmãs estão em Angola e Moçambique e atuam no serviço da educação da fé e para a cidadania, em escolas e comunidades eclesiais, com destaque para a alfabetização de jovens e adultos e para o trabalho com mulheres.

Em 1993, foi aberta uma missão na República Dominicana. As três primeiras irmãs, depois de um tempo de reconhecimento das diferentes realidades, fixaram-se em Hato Damas. Hoje se encontram em Pedro Santana, Província de Elias Piña, fronteira com o Haiti, e na capital Santo Domingo. A principal missão, desde o início, foi ser presença de esperança entre os mais pobres e trabalhar na formação de lideranças, sobretudo de catequistas e de agentes para as diversas pastorais. Merece destaque também o serviço na área social, com projetos diversos.

Em novembro de 2002, a missão na República Dominicana foi regada pelo testemunho “até o fim” de Irmã Hedwiges Rossi, incansável defensora dos mais pobres, que teve a vida ceifada por um ato de brutal violência. Foi a primeira Irmã Catequista a morrer fora do seu país natal, na pátria escolhida como sua, por causa do Reino de Deus.

No ano de 1998, a Província Santa Clara de Assis abriu uma nova frente missionária no Paraguai. Hoje as irmãs estão em Puente Kyjhá, diocese de Ciudad Del Este, e Capitán Miranda, diocese de Encarnación. Desde o início atuam junto às famílias, grupos e comunidades, na formação de lideranças, na catequese e em pastorais sociais. Procuram contribuir para o avanço do processo intercultural, uma vez que são muitos os brasileiros/as residentes naquela região.

Durante todo o período houve redimensionamento de fraternidades em Santa Catarina, principalmente visando atender a regiões mais carentes. Além do Nordeste, outras fraternidades foram abertas no Estado do Rio de Janeiro e, a partir de 2007, as irmãs se encontram também no Espírito Santo.

No Brasil, até a década de 1980, a atuação missionária se realizou quase exclusivamente através do trabalho nas escolas públicas e em comunidades eclesiais. Nos anos seguintes foi se diversificando, incluindo projetos com indígenas, mulheres vítimas de violência doméstica, população de rua, crianças e adolescentes em situação de risco, juventudes, catadores de material reciclável, grupos de economia solidária, saúde integral e medicina alternativa e outros. Além dos estudos ligados mais diretamente ao magistério, foram valorizadas também outras áreas do conhecimento: serviço social, psicologia, sociologia, antropologia, direito, teologia, franciscanismo...

A participação de uma missionária leiga brasileira, junto com as irmãs, foi de grande ajuda nos primeiros anos da missão na República Dominicana. Recentemente, a Província vem se enriquecendo com a presença de Simpatizantes do Carisma, que compartilham a mesma espiritualidade e somam na missão, e também com a parceria intercongregacional na missão além-fronteiras.