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Escrito por  Sede Geral - Isabel do Rocio 08 Maio 2015

Os grupos de simpatizantes de Timóteo e Ipatinga participaram de um retiro nos dias 21 e 22 de abril de 2015, na casa do casal Zoca e Wanda, em Timóteo. Participaram cerca de 25 pessoas de Timóteo, Fabriciano e Ipatinga.

O primeiro dia começou com um gostoso café partilhado. Em seguida, as/os participantes foram convidados a circular pelo local, previamente arrumado para o encontro, para observar os cartazes, faixas e textos espalhados.

Em seguida, cada um se apresentou para o grupo, informando o que mais lhe havia chamado atenção nos cartazes. Reunimo-nos em torno do cenário árido do presépio (montado desde o retiro em preparação para o natal de 2014, e que Zoca conservou cuidadosamente até a Páscoa), porém sem a presença dos personagens.

Irmã Alzira aproveitou a raiz/tronco onde o menino Jesus foi colocado, para fazer uma correlação com o Servo Sofredor do livro de Isaías, que é arrancado de sua terra e de sua segurança. Nesse cenário refletimos sobre o sentido do Mistério Pascal: encarnação, morte e ressurreição de Jesus são realidades que estão intimamente ligadas. Em sua espiritualidade, São Francisco nunca as separou.

Prosseguindo, já em outro cenário, refletimos sobre o chamado de Jesus a São Francisco para reconstruir sua igreja e que este seria o pano de fundo para todo o retiro, com base nos estudos da Linha Inspiradora nº 4: “Participar de um projeto alternativo de Igreja e Sociedade, a partir dos pobres e excluídos”, junto com o tema da Campanha da Fraternidade: “Igreja e Sociedade” e da Exortação Apóstólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco, onde ele expressa qual é a Igreja que o mundo precisa hoje: Igreja em saída, Igreja missionária, Igreja de portas abertas.

Conversamos longamente sobre as diferentes propostas de sociedade e de Igreja: de Jesus, de São Francisco e do Papa Francisco. Wilker fez a leitura bíblica de: Marcos 10, 41–45, onde diz que “O filho do homem veio para servir e não para ser servido”. Também cantamos e meditamos o hino da Campanha da Fraternidade deste ano, que liga os três temas mencionados.

Num terceiro momento fizemos o estudo do artigo da 4ª Linha Inspiradora: “Entre o instituído e o alternativo: as brechas por onde correm leite e mel”. A partilha dos grupos foi muito rica e acalorada, enriquecida com muitos depoimentos da realidade de cada simpatizante.

Como aprofundamento, fomos lendo várias passagens da Exortação Apóstólica Evangelii Gaudium, relacionadas ao assunto que estávamos estudando. Foi destacado uma palavra criada pelo Papa Francisco: Primeirear à que significa tomar iniciativa, envolver-se, comprometer-se, acompanhar, frutificar e festejar. Tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, ir às periferias existenciais, estar na linha de frente no “servir” (nesta sociedade tão competitiva). Primeirear, tocando a carne sofredora de Cristo no povo pobre, sendo pastores e pastoras da VIDA, com “cheiro de ovelha e não com cheiro de flores de altar”.

Segundo o Papa Francisco a Igreja deve ser uma Igreja de portas abertas para o mundo, principalmente para os mais sofredores. O Papa não quer uma igreja arrumadinha, bonitinha, cheirosinha, toda cheia de normas. Ele prefere uma Igreja com cheiro de xixi das ovelhas em situação de rua, uma Igreja com cheiro de indígenas, uma Igreja acidentada, enlameada, em vez de uma Igreja acomodada. Ele diz que tem que haver um vínculo entre a nossa fé e o compromisso com os pobres.

No domingo, refletimos sobre o texto: “Perdas e ganhos: da vida menor à Vida maior”, relacionado ao evangelho de João 12,20-33: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, permanecerá só, mas se morre, produz muito fruto”. Entendemos que o transcurso de nossa vida é uma inevitável sucessão de perdas e mortes; aceitá-las é dar-nos conta de nossa limitação fundamental como criaturas, como seres vivos, e descobrir a possibilidade de Ser, naquilo que temos de especificamente humano.

As partilhas de vida a partir desse texto foram reveladoras do como precisamos entender o sentido das perdas, podas e mortes que se apresentam em nossa trajetória de vida.

Após esse intenso momento de interiorização, novamente em grupos, refletimos sobre o texto: “A Dimensão política do tríduo pascal”. Os grupos socializaram o que julgaram ser mais relevante no tríduo pascal, a partir da realidade de hoje. Terminadas as considerações, que foram muito pertinentes, fizemos nosso momento eucarístico com a bênção do pão e do vinho. 

Vale ressaltar que no intervalo do almoço, no sábado, Irmã Alzira mostrou muitas fotos da celebração do Centenário da Congregação e relatou como tudo transcorreu. O grupo ficou alegre de poder tomar conhecimento das comemorações. Para completar, fomos agraciadas/os com o sorteio de dois DVDs com cantos do Centenário e com calendários, cartões e canetas trazidos de Santa Catarina. Todas/os ficamos muito felizes. Agora ficamos aguardando o DVD - filme do Centenário.

Concluindo, pudemos expressar que este foi um retiro que nos permitiu muitas reflexões sobre nossas vidas, nossas ações e nossos compromissos. Conscientizamo-nos de que é preciso atenção às necessidades dos outros, precisamos ser úteis, seja para alguém ou para uma causa.

O retiro abriu nossos olhos para a realidade, facilitando a compreensão da bíblia e da vida. Esclareceu várias questões no âmbito religioso e político e, o principal, apontou caminhos e ações que precisamos assumir.

Apresentou-nos o projeto de vida de Jesus, vivido e testemunhado por Francisco e Clara, e atualmente pelas Irmãs Catequistas Francisclarianas, que nos impulsionam para a missão. Sentimo-nos chamados/as a viver em estado permanente de êxodo, de saída, a começar de dentro de nós mesmos. Mas uma saída com sentido, como pede o Papa Francisco, com caminho planejado, "primeireando" sempre a vida, sobretudo a vida dos empobrecidos, marginalizados e esquecidos desta sociedade e Igreja, divididas em elite e povo pobre.  

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