Nos dias 22 e 23 de abril, em Rondonópolis – MT, algumas irmãs e simpatizantes leigas da Província Santa Teresa do Menino Jesus estiveram reunidas tendo como objetivo:  Partilhar a caminhada dos grupos de simpatizantes do carisma; Tomar conhecimento do que foi refletido e sugerido no encontro dos/as articuladores/as das províncias em nível geral, nos dias 25 e 26 de março pp.; Conhecer a caminhada que é feita por leigos que vivenciam o carisma de outras congregações; Refletir sobre a missão evangelizadora de leigos/as na Igreja e na sociedade e sobre a participação dos leigos nos diferentes carismas concedidos à Igreja e Levantar perspectivas de futuro e sugestões práticas para a caminhada dos grupos.

Passo a partilhar alguns aspectos que se destacaram na reflexão do grupo:

- “Uma VR ou congregação autossuficiente é infiel ao dinamismo de sua origem e não está adaptada à nossa época. As novas relações de reciprocidade com autonomia entre congregações religiosas e laicato dão novo vigor à Vida Consagrada, à Igreja, ao mundo” (Congresso Paixão por Cristo, Paixão pela Humanidade, Roma 2004).

Daí a importância de abrir-nos sempre mais à parceria com leigos para a vivência do nosso carisma. Neste sentido, alegra-nos constatar que em nossa congregação centenária também está surgindo uma nova primavera de flores e cores variadas, através da multiplicidade de culturas e de dons colocados a serviço pelos/as simpatizantes, através de sua vida familiar, profissional e missionária.

- A tarefa imediata dos leigos não é a instituição e o desenvolvimento da comunidade eclesial, mas pôr em prática as possibilidades evangélicas presentes e operantes no mundo (cf. EN, nº 70). Vimos então a importância da vivência das características do carisma francisclariano de nossa congregação pelos leigos/as em seu engajamento social.

Na sociedade capitalista neoliberal em que vivemos, o nosso distintivo e o dos/as simpatizantes deve ser a vivência das características do nosso carisma: relacionamento amoroso e misericordioso com todas pessoas, mas sobretudo as da nossa convivência e os excluídos da sociedade; respeito e cuidado para com todas as formas de vida; uma vida sóbria, simples, sem aderir ao consumismo, ao poder, à corrupção (simplicidade, minoridade e pobreza); o testemunho de alegria por estar a serviço do Projeto de Jesus Cristo. Como todos/as trazemos as marcas dos limites humanos e estamos num processo constante de crescimento, é importante avaliar a nossa vida e nos dispormos a uma constante conversão evangélica. Outro aspecto inegociável é buscarmos diariamente momentos de oração e contemplação, para entrar em comunhão com a Fonte da Vida presente em tudo e todos para alimentar a nossa espiritualidade. 

Quem sabe, a partir da experiência de outras congregações, cheguemos também a um momento em que os/as simpatizantes queiram eexplicitar publicamente que se comprometem a vivenciar o carisma francisclariano conforme a nossa congregação, sejam pela congregação acolhidos/as e passem ter visibilidade na comunidade onde estão engajados.

No cultivo dos simpatizantes leigos/as estaremos multiplicando a irradiação do carisma para além da nossa instituição religiosa e distribuiremos “pão” para mais pequeninos que hoje o suplicam.

Agradecemos ao Espírito do Senhor Ressuscitado que nos animou com mais clareza e paixão pela causa.