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Escrito por  Sede Geral - Isabel do Rocio 18 Junho 2013

PICM promove Encontros com as Articuladoras dos Grupos de Simpatizantes do Carisma

 Com o objetivo de contribuir no processo de formação, bem como, delinear novos passos para avançar na vivência do carisma com as pessoas leigas, a Província Imaculado Coração de Maria, através do encaminhamento da equipe dinamizadora de Simpatizantes, promoveu dois encontros reunindo as irmãs articuladoras de grupos de simpatizantes da Coordenadoria Irmã Genoveva e de Santa Catarina.

 No dia 30 de maio, na Vila Matilde, em São Paulo, reuniram-se 13 irmãs. O segundo encontro ocorreu no dia 16 de junho, desta vez com as articuladoras de SC, na sede provincial, em Blumenau – SC. Neste, participaram 18 irmãs e a simpatizante Deonilda Girardi, que também integra a equipe provincial que dinamiza este projeto.

 A assessoria do encontro foi feita por Irmã Tereza Valler que aprofundou a temática da Espiritualidade na perspectiva laical (do povo), percorrendo a história e resgatando as diferentes contribuições. Constatou-se que, nos diferentes períodos, sempre houve pessoas inquietas que, na docilidade às intuições do Espírito, encontraram brechas para vivências inovadoras e proféticas do Evangelho. Também apontou pistas e possibilidades relevantes para a mística, na perspectiva da laicidade e do carisma francisclariano.

  Entre as contribuições dos diferentes períodos da história foram citadas:

  • As beguinas, que no período medieval, num mundo que passava por crises e disputas, assumiram um estilo diferente de vida.

 Teilhard de Chardin (1881-1955), jesuíta de origem francesa, uma das figuras mais nobres e singelas da mística contemporânea. Em seu itinerário espiritual foi tocado por dois grandes amores: o mundo e Deus. Lutou continuamente contra a tentação do espiritualismo desenraizado da terra e do pensar a pessoa independentemente do cosmos. Contudo, houve períodos em que se sentia como estrangeiro e sufocado face às preocupações e métodos vigentes na Igreja e na Companhia de Jesus.

 Simone Weil (1909), militante operária, enquanto mulher mística percorre um caminho original e único. Sua experiência é reveladora do caminho da graça vivenciado à margem da instituição e de uma experiência confirmada em meio aos compromissos sociais e políticos.

  Madeleine Delbrêl (1904), apóstola das ruas, como assistente social envolve-se com a problemática vivida pelos pobres.Consegue encarnar-se na situação existencial das pessoas, caminhando ao seu lado, pregando o Evangelho com a vida, ancorada em Deus, em Jesus e na Igreja, mantendo sua condição de leiga livre e comprometida. É dela o pensamento: "Nós, o povo das ruas,acreditamos que esta rua, que este mundo, onde Deus nos colocou,é para nós o lugar de nossa santidade".

Aprofundou-se os termos Mística, Espiritualidade e Religião. A mística diz respeito à “experiência integral da realidade”. Ela está sempre ligada e orientada à globalidade da condição humana.

Com relação à espiritualidade, acentuou-se a alteridade como elemento fundamental na espiritualidade cristã e a questão da pluralidade e da diversidade. O tempo atual vem assinalado pela maturação de experiências diversificadas, possibilitando parcerias na vivência do carisma com pessoas de outros espaços, para além do âmbito eclesial.

A grande crise das religiões vislumbra uma nova vida. Uma vez superada sua missão de programar coletividades, a religião surge livre dos limites estabelecidos pelas crenças e pela ortodoxia exclusiva, e assume a forma de uma espiritualidade criativa, herdeira da rica e diversificada tradição espiritual de toda a humanidade.

Ainda nos debruçamos sobre o panorama atual da espiritualidade, considerando seus impasses, as luzes e a mudança geral de necessidades religiosas e de preferências de consumo religioso que se estendem desde a busca de certos tipos de retiros a leituras, músicas, simbologias e devoções de estilo mais intimista e light.

Houve espaço também para cada articuladora partilhar os avanços e desafios que têm acompanhado a caminhada junto a cada grupo. Há um despertar animador para a formação de novos grupos e para a participação de jovens nos mesmos.

A partir das experiências partilhadas e dos elementos da reflexão, sentiu-se a necessidade de dar um novo impulso ao processo. Estes novos passos se expressaram através de algumas propostas a serem assumidas, como: visibilizar e propor espaços concretos de vivência e colaboração de simpatizantes em projetos sociais ou áreas de missão na província; buscar a participação de pessoas que vêm de outros espaços, além do eclesial; oferecer dias de retiros; programar seminários com temáticas específicas; revisitar comunidades onde as irmãs já atuaram e formar novos grupos, a partir de equipes itinerantes que acompanhem os mesmos.

Cresceu a compreensão de que a linha de futuro da congregação passa pelo Carisma. Por isso, a partilha do Carisma com outras pessoas, no sentido de vivê-lo e atualizá-lo criativamente dentro dos novos contextos, é compromisso que merece cada vez mais ser priorizado.

Irmãs: Beatriz C. Maestri, Cremildes D. Rigo e Olímpia Perini

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