Fiquei honrada com o convite para ir à missão em Mundo Novo, foi uma coisa muito organizada e muito bonita, gostei principalmente do lugar onde eu fui junto com a Irmã Hélia, que é muito legal e dinâmica.

Quando cheguei aqui no morro há anos atrás, já existiam os grupos de rua e as irmãs já ajudava, eu comecei a trabalhar com elas nos grupos, durante todos esses anos passaram muitas irmãs por aqui, foram elas; Irmã Sebastiana, Irmã Iria, Irmã Aurélia, Irmã Patrícia e a Irmã Santa que sempre ajudou mesmo estando na catequese. Quando precisávamos delas estavam presentes. A gente fazia todo ano a abertura e o encerramento dos grupos de rua e elas sempre ali, ajudando, dando suporte, e orientando, por isso nós as temos como nosso “porto seguro”.

Na minha vida a irmã Santa foi muito presente, me visitava, dava conselhos me ajudando com meus filhos. Ela ficou conosco 14 anos e a gente se sente despedaçada, por que a irmã fazia parte de nossa família, de nossas vidas, ela faz muita falta, mas eu sei que do céu ela intercede por nós.

Um dia o Padre comentou comigo que a casa das irmãs poderia fechar e eu logo respondi sem pensar muito, pois foi com o coração;

“Se fechar a casa das irmãs fecha também a igreja”. Porque o trabalho delas é muito importante eu vejo e sei dessa importância das irmãs na paróquia, porque tudo que a gente precisa ela dão jeito e ajudam, são presentes, são gente como a gente, mais diferentes, porque tem uma força que só pode vir de Deus e anima quem está em volta, dando força de continuar mesmo no sofrimento, elas passam também um testemunho de alegria de viver essa vocação. Elas nunca excluíram ninguém, e a maneira de vocês serem nos auxiliando na buscar do nosso melhor, ensina a gente a se sentir “Gente” resgatando a nossa dignidade, porque tem pessoas dentro da nossa igreja que nos colocam “lá em baixo” e as irmãs vem ao nosso encontro e nos resgatam nos deixando mais seguras e nos mostrando o nosso lugar, pois todos somos iguais diante Jesus Cristo, (ninguém é maior que ninguém, principalmente na Igreja ).

“Essa casa do morro do chapéu não pode fechar não, porque o nosso socorro é as irmãs, sempre quando dos reunimos as irmãs estão presentes, elas são presença!”

Marieta-simpatizante/BA