Em casa toda a noite rezavamos o terço com meus pais, irmãos. Às vezes acabava dormindo sem rezar. Religião por tradição a Católica. As cinco e trinta horas da manhã participavamos da santa missa, na igreja da comunidade – São Benedito.
Com sete anos comecei pensar que um dia eu queria ser uma religiosa. Com o passar dos tempos fui recebendo uma boa educação e formação cristã dos meus pais, irmãos, professores, parentes, amigos e tudo isto contribuiu para fortificar mais meu pensamento e desejo. Sempre dediquei maior tempo de minha adolescência e juventude em bem da comunidade: participando dos grupos; Crisma, Catequese, Jovem, Liturgia, Preparação curso de noivos, Festa de Padroeiro, Coordenação e ornamentação de festas, Construção de Painéis bíblicos e Cartaz. Ainda tive tempo para dançar, estudar, brincar, trabalhar, jogar esporte, viajar e passear.
Estando certo dia preparando curso de noivos na Paróquia São Raimundo Nonato, o Padre Frei Eduardo convidou-me para participar de uma semana vocacional em São Luiz do Maranhão. Na hora fiz as seguintes perguntas: Porque logo eu? Não podia ter sido outra catequista? Eu nem disse para ele que queria ser religiosa? Mas já que o convite foi para mim aceitei com muita alegria. Após esse encontro tão rico da graça de Deus, fiquei firme na escolha de minha vocação de querer ser Irmã.
Em julho de 1977, conheci a primeira Irmã Catequista Franciscana, a Irmã Carmelina Echel que cuidava das jovens que desejavam ser religiosas em Bacabal do Maranhão. Também tive oportunidade de conhecer de perto, os trabalhos e vida das Irmãs Catequistas. Uma das coisas que me chamou atenção foi: a simplicidade e alegria em trabalhar e caminhar com o povo. Este testemunho delas muito me falou de Deus. A partir daí, em 1978, decidi iniciar minha experiência na casa de Formação na cidade de Bacabal/MA. Cada dia sentia que Deus me chamava para a construção do seu Reino.
Assim nasceu minha vocação. Dificuldades encontrei, pois nem tudo é mar de rosas. Os espinhos também existem. Mas nunca faltaram as forças, apoio e carinho dos meus pais, minhas irmãs, amigos, parentes e companheiras/os.
Três anos depois, com alegria, assumi o compromisso de consagrar-me totalmente minha vida à Deus para servir o povo necessitado. Fiz minha consagração temporária aos 11/10/81. Duas coisas animaram e animam a minha vocação: A atitude de meus pais em ajudar a descobrir o meu caminho e o jeito de viver das Irmãs Catequistas Franciscanas: entre os mais pobres e necessitados.
Irmã Maria do Carmo Mota
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