Meu nome é Yasmim Pirodhio Mota Duarte, sou indígena Tukano, do clã Bohso Kahperi Porã. Sou filha de Sebastião Mário Lemos Duarte da Costa (indígena Tukano) e Clara Mota Massa (indígena Dessana). Ocupo o quarto lugar entre seis filhos do casal.
Sou natural de Taracuá, uma pequena comunidade do interior do município de São Gabriel da Cachoeira-AM-Brasil, onde nasci e cresci e onde também nasceu a minha vocação.
Fui batizada na Igreja Matriz Sagrado coração de Jesus, minha comunidade de origem, na qual aos 11 anos de idade, fiz a Primeira Comunhão e aos 15 anos, a Crisma.
Desde pequena participei de vários encontros de oração promovidos pelo pároco, pelas irmãs salesianas (FMA) e também pela comunidade: oratório, infância missionária, encontro de jovens (JUT-PJ), animação litúrgica, além da catequese e missas (o primordial). Participava também das novenas, reza do terço no mês de maio, tríduo..., nas reuniões, festas e trabalhos comunitários.
Desses muitos encontros em que participava, o grupo de acólitos, conduzido pelo Padre Bruno (pároco), foi o que mais gostei de participar. E foi nesse grupo que surgiu o desejo de servir além do altar, servir na vida.
No ano de 2013, conheci as Irmãs Catequistas Franciscanas. Foi o meu primeiro contato com irmãs de outra congregação além das Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora (salesianas) que vivem na região. Senti-me atraída pelas palavras e jeito simples de ser das irmãs catequistas franciscanas. Depois do encontro com elas, sai me perguntando sobre “muitas coisas da vida”. Decidi me arriscar a experimentar algo “maior”, um desafio “maior”. Conversei com meus pais e chegamos à conclusão de que entraria na casa de formação da CICAF, para fazer a tal da “experiência” depois de completar meus 15 anos, após minha Crisma. Após dois anos de muita espera, oração e vigiar, entrei, finalmente na casa de formação das Irmãs Catequistas Franciscanas, em Manaus-AM.
Como era o primeiro ano, senti muita dificuldade, pois era a minha primeira vez longe de meus pais e numa cidade grande. Consequentemente, senti vontade de desistir daquilo que nem tinha começado. Todavia, com muita oração e ajuda das irmãs, decidi continuar e ficar. O ano de 2016 foi para mim, um ano de muitas descobertas, aprendizado e superação.
No ano de 2017, morei em Pedra Preta MT, onde fiz uma linda e profunda experiência de discípula missionária de Jesus e onde também pude vivenciar profundamente a vida fraterna com as irmãs e companheiras de grupo. Sem dúvida nenhuma, o ano de 2017, foi bem produtivo e animou-me para continuar a caminhada.
Atualmente, estou na Vila Operária/Rondonópolis-MT, onde prossigo no processo formativo como postulante e aqui (na irmandade Santa Clara de Assis) com as minhas irmãs aprendo a cultivar a alegria, a paciência, disponibilidade e a abertura.
Sou muito grata a Deus por Ele ser o que é na minha vida. Também sou grata por fazer parte da grande família Francisclariana.
Na certeza de que meu Deus Pai, Deus Irmão e Deus Amigo, juntamente com a Mãe Maria estão sempre comigo, sigo fazendo o meu caminho e que seja feita a vontade do Mestre Jesus Cristo.