Em continuidade a vivência do processo formativo na PAMA, nós aspirantes: Aline Cristina G. C. Marcon, Lucineia S. Lima e Juliana S. Silva, chegamos em Humaitá, no sul do Amazonas no dia 10 de fevereiro. Encontramos uma cidade simples e clima quente na beira do rio madeira, com povo acolhedor. Uma realidade diversa de Rondônia, mas com suas riquezas próprias.
Logo nos deparamos com uma situação jamais vista: a cheia do Rio Madeira que subia rápido seu nível, chegando a aproximadamente 25,35 metros e atingindo diretamente a área urbana e os ribeirinhos, deixando a cidade isolada, sem aula e a população gravemente atingida, estado de emergência. Sensibilizadas nos colocamos a caminho com objetivo de ser uma presença de Deus em meio a realidade, visitamos escolas, ginásio e Igrejas, foi uma ocasião para nos aproximarmos do povo e saber mais de perto a respeito de suas dificuldades. Muitos moradores se sentiam sem rumo, desorientados em ver a situação onde sua casa se encontrava, não esperavam que esse fato acontecesse, tiveram que sair às pressas de suas casas levando apenas o básico entre aqueles que conseguiram levar alguma coisa.
Outra experiência forte foi vivenciada pela Lucineia, teve a oportunidade de visitar as comunidades ribeirinhas, da Diocese de Humaitá juntamente com a equipe missionária, padre Slawomir da Congregação Verbitas, irmã Mara da congregação Franciscana do Apostolado Paroquial, e o barqueiro Antônio Carlos. Pela primeira vez andou de barco, de rabeta e até dentro das águas do rio madeira, para chegar nas casas, nas balsas, onde o povo está morando devido a enchente. E mesmo em meio a este sofrimento, sem ter como sair para trabalhar, com a roça perdida pelas águas, testemunhou muita fé e coragem do povo, na busca de recomeçar. Para a formanda foi um momento de fortalecimento e ânimo no desejo de ser irmã e estar no meio do povo.
As famílias voltaram para seus lares ansiosas em ver o que restou após a enchente e assim reconstruírem suas “Vidas”. O estrago foi grande em muitas residências principalmente as mais simples, algumas estão sem condições de continuar a morar. Ao conversar com algumas pessoas, percebemos a alegria e o entusiasmo, mesmo na dificuldade não desistiram e jamais perderam a esperança.
O que tiramos diante desta situação foi a perseverança do povo, a união da entre ajuda das famílias, nos provocando a refletir a melhor forma de colaborar em sua auto sustentação. Estamos em sintonia com cada pessoa que conhecemos, eles foram para nós exemplos de fé e vida.
Aline Cristina, Lucineia e Juliana
Aspirantes em Humaitá-AM
Comentários
Paz e Bem!
Com alegria e esperança li o relato de vocês. Há gente nova chegando para levar adiante o "ser Irmã do Povo". Que Deus abençoe a caminhada de vocês!