Estamos no primeiro dos três dias previstos para celebrarmos os 100 anos da Congregação, na Província São Francisco de Assis. O encontro está acontecendo na Casa Paz e Bem, em Curitiba – PR.
Pela manhã fomos muito bem introduzidas no clima de oração com a encenação do chamado à Maria, Amábile e Liduína. Após este momento fomos convidadas a louvar e bendizer ao Senhor por toda a história que aconteceu desde o princípio da congregação.
Também retomamos o carisma, trazendo presente aspectos dele que nos fortaleceu e fortalece em nossa caminhada e missão. Destacou-se que o Deus, Senhor da vida e da história sempre esteve presente na história que a Irmã Catequista escreve; a mão misericordiosa de Deus sempre nos conduziu; nos momentos difíceis, o que nos sustentou foi a presença de Deus. Ele nos conduz de maneira maravilhosa, reservando surpresas que somente Ele é capaz de fazer. Confiamos que “em qualquer situação, o bom Deus não nos abandonará certamente”.
Expressou-se gratidão a Deus e às Irmãs pela vivência da sororidade e pela força do testemunho das fundadoras.
Testemunhou-se também que tudo o que foi feito, o foi por e pelo amor, com alegria, simplicidade, humildade e coragem; que as “saídas em espírito de itinerância missionária” marcaram e marcam nossa vida, no seguimento de Jesus Cristo assumindo sua vida e missão profética.
O que despertou a vocação foi a vida de oração e o serviço da catequese e da educação. Também houve destaque para o fato de que a compreensão de catequese e educação hoje se ampliou para as diversas dimensões da vida eclesial e social.
E como não podia faltar, após termos lido e ouvido a palavra da vida, buscamos o texto bíblico (Lc 10,2-11) para iluminar nossa oração, nossa vida e ação. A partir deste texto, foram partilhados os momentos fortes de “saídas” de nossas localidades para outras realidades de missão.
Tendo olhado com carinho para o itinerário feito até aqui, refletimos sobre o que a palavra de Deus ligada à palavra da vida está dizendo hoje. Destacou-se que o apelo continua – a messe é grande e as trabalhadoras e trabalhadores são poucos. Já aconteceram muitas saídas, mas ainda há concentração geográfica – é preciso avançar, fazer ainda outras saídas. No início o apelo foi para atender à educação e à catequese – hoje os apelos são outros, para estar com indígenas, imigrantes... O evangelho diz para não levar bolsas, duas túnicas, dinheiro – constatou-se que todos os inícios foram profundamente marcados pela pobreza.
Nestes 100 anos as conjunturas foram mudando. Porém, o evangelho diz que somos enviadas como ovelhas no meio de lobos. A quem nos aliamos: às ovelhas ou aos lobos? Que projetos fortalecemos?
E houve mais um momento de louvor e ação de graças: ao Deus da vida e da história por animar a ação missionária da congregação; por conduzir a cada irmã que se entrega na missão de coração aberto e generoso e parte para outras realidades; por nos conduzir, fortalecer e iluminar; pela abertura para que pessoas leigas possam viver o carisma francisclariano como simpatizante do carisma; pelas novas atitudes e novos caminhos que o Senhor nos abre junto às comunidades.
As súplicas também fizeram parte deste momento: que o Senhor olhe por nossa família e envie mais servidoras da messe; que tenhamos coragem de seguir o exemplo e ousadia das primeiras irmãs.
Cientes de que temos uma maneira de viver, passamos à leitura, reflexão e oração dos artigos 26 a 39 de nossas Constituições Gerais. Após este trabalho, realizou-se a partilha no grande grupo com aquilo que cada grupo intuiu e sentiu-se inspirado a fazer. Fez-se pedido de perdão pelas nossas incoerências: fala-se em condição de pobres e entrega total de nossa vida. É verdade que fazemos isso? Refletiu-se também sobre a importância de cada irmã e de cada pessoa em nossas realidades de vida e trabalho. Simbolizando isso, formou-se uma grande corrente enquanto se cantou: “Vem, entra na roda você também...” Constatou-se também que há muitas feridas a serem saradas. E se fez o apelo de retomarmos a caminhada daqui prá frente, perdoando o passado. Muitas coisas não fizemos por conta de nossos limites, mas, há também muita coisa boa acontecendo no mundo por causa da presença da Irmã Catequista Franciscana. E o fundamento de tudo isso é Jesus Cristo.
E assim se concluiu este primeiro dia de celebração do centenário da Congregação. Que a Divina Ruah nos inspire sempre na missão em defesa da vida... no serviço da paz e do bem.
Comentários
Com estima! Fraternalmente!
Ir. Nair
À Província São Francisco de Assis, Parabéns pela iniciativa desta pausa conjunta e a todas nós, desejo CADA UMA A SEU MODO uma Boa preparação para a Celebração do dia 14.01.2015. Que NESTE DIA possamos como as três primeiras confirmar de todo coração e vontade o nosso SIM para prosseguir com DISPONIBILIDADE , SIMPLICIDADE e ALEGRIA os Caminhos do NOVO CENTENÁRIO.
Com Ternura meu abraço,
Izaura