pg incial 2018

Você está aqui: HomeNotíciasSer irmão/ã no mundo é construir história de libertação
08 Maio 2015
Ser irmão/ã no mundo é construir história de libertação

Na manhã do Domingo de Ramos, bem cedo, iniciamos nosso retiro em preparação à Semana Santa. Tudo era importante e significativo: a organização dos ambientes, a acolhida dos participantes, a música de interiorização, a partilha do café.

Elizabeth e Anízia acolheram a turma com carinho e alegria, sobretudo as jovens Janaina e Valquíria, que participaram pela primeira vez. Beth falou da importância de buscarmos a essência das celebrações pascais e não nos determos no aparente e secundário. É preciso voltar constantemente ao Evangelho para compreender o mais essencial sobre Jesus.

Irmã Alzira também destacou que, para nós, seguidoras/es de Francisco e Clara, o Mistério Pascal começa no Natal, com a Encarnação. Os acontecimentos da Semana Santa são a consequência do compromisso de Jesus ao assumir nossa condição humana.

Durante a Campanha da Fraternidade refletimos sobre a 4ª Linha Inspiradora que nos incentiva a “Participar de um projeto alternativo de sociedade e Igreja, com os pobres e excluídos”. Nesse retiro nos perguntamos: O que mesmo estamos buscando? Que sedes temos? O que queremos construir? Essa Linha coloca em evidência que muitas pessoas não estão satisfeitas com o modelo de Igreja e sociedade que temos atualmente. Nem mesmo o Papa Francisco. Por outro lado, nem todas as pessoas estão preocupadas em construir uma igreja missionária e solidária.

De nossa parte, queremos sim, participar de um projeto alternativo de igreja e de sociedade; podemos ser essa igreja alternativa em pequenos grupos. Atualmente somos em 55 grupos de simpatizantes do carisma da congregação. Podemos fazer alguma diferença desde o lugar onde atuamos.

Foi ainda ressaltado que nós somos igreja quando queremos formar uma irmandade francisclariana alternativa e, aqui, nós podemos expressar e celebrar juntas/os nossa fé. Com esse intuito, Irmã Alzira nos conduziu a um tempo intenso de reconciliação ao redor de uma bacia de água com ervas, onde expressamos ao grupo as faltas, as fragilidades e as dificuldades das quais queremos nos purificar.

O texto de Isaías 53, 1-12, sobre o Servo Sofredor, nos iluminou nas reflexões, junto com a simbologia do galho seco, que mesmo cortado da terra, gera vida em várias dimensões, como o pé de figo e acerola que estavam doentes, mas quando tratados e podados geraram brotos de vida nova. Assim também nós somos capazes de enfrentar nossos limites, superar desafios e buscar vida nova.

Prosseguindo nosso itinerário, nos detivemos na capela, diante da cruz, com fotos de mártires de toda a América Latina. Meditamos sobre o martírio de tantas pessoas que se colocam na defesa da vida; tantos/as que entregaram e continuam entregando suas vidas pela libertação dos pobres e oprimidos. Já as flores que brotavam nas pequenas rachaduras do muro, na horta, nos fez pensar em como a vida teima e resiste em florir, apesar das dificuldades, dos contratempos e até da própria morte.

A entrada de Jesus em Jerusalém nos levou a refletir sobre o significado da missão no mundo urbano: “na cidade Deus quer uma praça e uma mesa para todos. A praça é de todos e todos podem caber na praça, quando esta começa pelas vítimas e pelos últimos, onde todos podem circular livremente, criar relações e convivência, com a experiência de ser aceito e reconhecido como humano. A mesa, no centro da praça, é o lugar da hospitalidade, de aceitação e de encontro, lugar de chegada e entrada da pluralidade e diversidade como a Nova Jerusalém. Entrar na nova Jerusalém é comprometermo-nos com uma cidade mais humana e humanizadora, a cidade que sonhamos e que queremos: a Cidade Nova” (Pe. Adroaldo).Nesse sentido o grupo de simpatizantes é um rico espaço para nos humanizar e criarmos novas relações de irmandade universal.

Para finalizar, consagramos, junto com o vinho e o pão, os nossos desejos, sonhos, preocupações, vivências e compromissos. Ainda mais porque o vinho foi produzido em Caná da Galileia e trazido diretamente por Betânia, que lá esteve recentemente. Parecia que estávamos nas Bodas de Caná.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Maria Elizabeth Resende - Simpatizante do Carisma de Belo Horizonte

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Direção
Isabel do Rocio Kuss, Ana Cláudia de Carvalho Rocha,
Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

Serviços - logo branca
JFC

Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas
Rua Des. Nelson Nunes Guimarães, 346
Bairro Atiradores - Joinville / SC – Brasil
Fone: (47) 3422 4865