Nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, no anseio de melhor sentir o que pensam as/os facilitadoras/es, que fazem parte do Projeto do Centenário, com o Núcleo São Francisco de Assis, que funciona no quintal da nossa casa, onde diariamente se reúnem 10 grupos de alfabetização somando mais de 300 pessoas, que buscam não apenas aprender ler e escrever, mas também, outras respostas para suas vidas, realizamos uma dinâmica na qual refletimos e avaliamos a caminhada do trimestre do ano de 2015, cuja reflexão dois facilitadores partilham.
Edgar - Vi uma grande multidão procurando saber ler e escrever. Vi e ninguém me contou, o quanto as Catequistas Franciscanas se preocupam em dar respostas às pessoas que procuram o saber. Vi um esforço para não ser igual uma escola, mas sim um espaço para ensinar com amor e carinho.
Vi um grupo de Facilitadores/as bem preparados/as para dar respostas aos alfabetizandos; vi uma coordenação bem preparada para dar respostas.
Oneido – Vi um grande número de pessoas de diversas idades, procurando aprender escrever e ler principalmente a Bíblia.
Vi a grande força de vontade dos/as alfabetizandos/as querendo escrever os seus respectivos nomes.
Edgar – Ouvi que as Irmãs Catequistas Franciscanas tinham um projeto brilhante para a comunidade da Terra Vermelha, Bairro Kalawenda. Ouvi dizer que era um projeto que vinha para mudar a mentalidade das pessoas. As pessoas ouviam e pensavam que não era realidade. Por isso quis entrar neste projeto e um dia fui convidado a fazer parte e aceitei.
Oneido – Senti que ensinar adultos seria um trabalho muito difícil, porque achava que as pessoas adultas não iriam conseguir aprender. Porém senti da parte dos/as alfabetizandos/as, um grande interesse em aprender. Afinal cada mamá e cada papá já vinha com um conhecimento.
Senti que de uma forma abrangente as Irmãs e todos/as os/as colaboradores/as tem dado uma força positiva pelo gosto e a importância do aprendizado.
Edgar – Senti um calafrio quando vi os papás e as mamás com lamentações que queriam aprender qualquer coisa. Senti que não estava capacitado para poder ensinar aquelas pessoas, mas fui pedindo a Deus para que nos ajudasse. Senti que eles/as tinham vontade de aprender. Senti o carinho dado pelas Irmãs Catequistas Franciscanas, sempre que podiam orientar e aconselhar os/as alfabetizandos/as.
Oneido – Posso falar da grande mudança que vejo nos/as alfabetizandos/as na maneira de aprender e de se comportar. Para eles tem sido uma batalha e uma conquista com amor, respeito e dedicação na prática da leitura e da escrita.
Posso falar, que o amor e o gosto que temos para ensinar leva-nos a obter bons resultados, mesmo que não tenhamos um espaço muito favorável. Temos, com a força de Deus a união, a paz e o respeito uns para com os outros.
Posso falar que a partir dos ensinamentos dados e aprendidos dentro da casa das irmãs, mostrou a alegria e a visibilidade do mundo na população das nossas comunidades.
Edgar e Oneido – Nesta caminhada conjunta as irmãs nos pediram propostas, e, nós os facilitadores, sugerimos que para o nosso espaço de ensino, em vez de tendas, que se deterioram com facilidade e cujos destroços poluem o meio ambiente, coloquemos chapas que tem maior durabilidade e assim todos podem se acomodar da melhor forma possível.
Sugerimos também, que aumentemos o número de mesas/bancos, afim de que os/as alfabetizandos/as e facilitadores/as sejam melhor acomodados/as, favorecendo assim melhor aprendizagem.
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