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20 Setembro 2015
Ecos da Assembleia Geral do CIMI

Marcada por lágrimas de dor e sinais de esperança que emergem das pequenas conquistas dos povos indígenas do Brasil, foi realizada em Luziânia-GO, de 15 a 18 de setembro, a XXI Assembleia Geral do CIMI.

Com a participação de 150 pessoas entre lideranças indígenas e missionários/as, foi refletida a temática: Estados Plurinacionais e autodeterminação dos Povos Indígenas. Em defesa da vida dos Povos e do Direito da Mãe Terra.

A presença de sete irmãs catequistas franciscanas que atuam em diversos Regionais do CIMI, entre outras irmãs que não puderam participar, foi uma oportunidade feliz de partilhar a vida e nossas experiências vivenciadas no cotidiano da realidade indígena nas aldeias e no contexto urbano.

Destacamos a escuta atenta da dolorosa situação do povo Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, que as irmãs Cristina Souza e Miriam Spezia compartilharam durante a assembléia. Contemplar a coragem solidária e sentir a emoção das duas irmãs nos relatos de insegurança e sofrimento que vivenciam junto com o povo Kaiowá, na justa retomada de suas terras tradicionais, nos traz a certeza de que a Divina Fonte continua nos convocando a ver, ouvir, sentir e acolher o gemido dos povos indígenas e o grito pela terra ferida! São luzes e projetos missionários que assumimos como congregação em fidelidade ao carisma que nos anima e abre novos caminhos há 100 anos de história, vida e missão, aqui no Brasil e além fronteiras.

Os momentos fortes de oração com danças, incensos e simbologia indígena traziam presente as alegrias e dores, a memória e resistência na busca e defesa da Mãe Terra como condição necessária para a autodeterminação dos povos indígenas. No dia da oração animada pelo Regional Sul, ao qual pertenceu Irmã Beatriz Catarina Maestri, por um período de 25 anos, fizemos memória de sua vida e missão junto aos empobrecidos, particularmente os povos indígenas. O banner com sua foto somou no cenário, com todas as pessoas que dedicaram sua vida à causa da justiça e hoje fazem parte da comunidade dos/as encantados/as, no abraço do Pai. Beatriz continua presente em nossa opção pela Vida e Terra dos povos indígenas.

Desde o ano de 1975 o CIMI assume o apoio às diferentes lutas dos povos indígenas do Brasil e posiciona-se firmemente contra os projetos desenvolvimentistas de morte que se esparramam pelo país. E para fortalecer esse compromisso em favor da VIDA dos povos originários, a assembléia assumiu três prioridades para o próximo quadriênio:

01. Terra/Território como direito fundamental dos Povos Indígenas (desafio da urbanização).

02. Movimento Indígena - Articulação e Alianças.

03. Formação política e metodológica - para lideranças indígenas e missionários/as.

Outra agenda da assembléia, igualmente importante, foi a eleição da nova diretoria do CIMI nacional. Para presidente foi eleito Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima; para vice presidente foi reeleita Irmã Emília Altini - CF da PAMA e para secretário foi reeleito Cleber Cesar Buzatto.

Dom Erwin Kräutler, após quatro mandatos como presidente do CIMI, ao apresentar o relatório das atividades dos últimos quatro anos, emocionado e sob efusivos aplausos de gratidão por parte da assembléia, assim se expressou: Guardadas as devidas proporções lembro neste momento a palavra de São Paulo a seu discípulo Timóteo: “Combati o bom combate, terminei minha corrida, guardei a fé” (2 Tim 4,7). Não se trata de despedida, pois mesmo voltando a ser ‘soldado raso...’ enquanto Deus me der a vida, jamais deixarei de lutar pela nobre causa dos povos indígenas e pela Amazônia”.

Digo apenas a cada irmã, a cada irmão do Cimi, às lideranças dos povos indígenas e a cada indígena neste país um cordial e sincero “Deus lhe pague”. Obrigado, de coração, à Irmã Emília e ao Cleber que comigo inteiraram a presidência durante os anos passados, obrigado a vocês todas e todos pela fraterna e sororal amizade e comunhão que nos une hoje e unirá também nos anos vindouros.

Com os povos indígenas aprendemos a mística do Bem Viver com o planeta Terra, nossa Casa Comum, “que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras”!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Lucia Gianesini - CIMI - SP

Comentários  

#1 Salete Olália Maestri Martinenghi 22-09-2015 20:00
Olá, Ir.Lúcia! Como dizia eu na escola quanto à Educação:"É uma luta inglória!"Lutas inglórias também precisam ser travadas quando se sonha e se tem sempre esperança em dias melhores. Parabéns a todos que continuam na luta pelos ideais dos povos indígenas! São filhos de Deus que merecem ser acolhidos e defendidos. Afinal são os verdadeiros donos desta Terra.
Abraço forte: Salete

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