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22 Julho 2016
Eis que estou fazendo uma coisa nova!

Eis que estou fazendo uma coisa nova! Eis que vem surgindo a luz na madrugada! (Hino da AGE-CRB 2016)

Embaladas pelo refrão do hino, fomos acolhidas/os com muita alegria para participar da 24ª Assembleia Geral Eletiva da CRB Nacional, nos dias 11 a 15 de julho de 2016, em Brasília. Ao todo, éramos aproximadamente 520 participantes, vindos/as de todos os lugares do Brasil e representantes de outros continentes, dos mais diversos Institutos Religiosos e Sociedades de Vida Apostólica. De nossa congregação participaram as Irmãs: Dalvina Maria Pedrini, Francisca Francis Pereira, Lurdes Favretto, Maria Aroni Rauen, Maria Diva Schiochet, Maria de Fátima Moraes Lima, Izaura Souza Cordeiro e Marlene Eggert.

O tema “Vida Religiosa Consagrada em processo de transformação”, e o lema “Vejam, estou fazendo uma coisa nova” (Is. 43,19) perpassaram toda a assembleia.

Na primeira tarde, contamos a presença de Dom João Brás de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Em sua fala, Dom João destacou cinco pontos do Papa Francisco à Vida Religiosa: 1) Voltar à alegria; 2) Radicalidade evangélica; 3) Profecia no mundo; 4) Ser especialistas em comunhão; 5) Ser Igreja em saída. “Não podemos viver trancados em nossos conventos. Quando nos voltamos para nós, não sabemos mais para que existimos”.

No decorrer dos dias, contamos com a valiosa presença de vários assessores e assessoras.

Padre Thomaz Hughes e Irmã Zenilda L. Petry fundamentaram as reflexões no livro do profeta Isaías, isto é, fizeram um paralelo entre a história do povo de Deus e a Vida Religiosa Consagrada no momento atual. “A crise pela qual a Vida Religiosa está passando é semelhante à crise do exílio em Babilônia, quando as estruturas que pareciam essenciais foram desmascaradas pela história, com fundamentos humanos e conjunturais. Daí o povo teve que descobrir que Deus trabalhava em novas situações, com novas respostas”.

Fomos desafiadas/os a um novo olhar, olhar com os olhos da fé, do Espírito, para que vejamos que a crise atual não é motivo de pessimismo, mas de otimismo; não a morte de um projeto, mas um renascimento; não motivo de tristeza, mas de alegria.

Pe. Thomaz concluiu sua reflexão afirmando: “Esse tempo difícil para a VRC revelar-se-á como uma bênção e conduzirá a uma renovação, talvez de um jeito que não conseguimos antecipar. Para que isso aconteça, precisamos deixar de ser obsecados com a nossa sobrevivência e a das nossas obras e empreendimentos, revitalizar o tripé da Experiência de Deus, Vida Comunitária e Missão Profética, acreditar na “coisa nova” que Deus já faz brotar”.

Num outro bloco, tivemos a graça de ouvir e participar da reflexão do Irmão Afonso Murad e da Irmã Annette Havenne.

Murad refletiu conosco sobre o tema: Vida Religiosa Consagrada, esperança e caminhos, em tempos de Francisco. Pontuou sete aspectos, como desafios, bem como esperanças: 1) Resgatar nossa humanidade – assumir a fragilidade pessoal, comunitária e institucional; 2) Cultivar a espiritualidade encarnada, encantada e encantadora; 3) Estreitar a parceria com leigos/as – missão, espiritualidade e novas formas de pertença; 4) Cuidar das novas gerações; 5) Assegurar uma velhice digna para os idosos e idosas; 6) Inovar a missão – o fechamento de comunidades inseridas para manter nossas obras e instituição é suicídio; 7) Empreender ações colaborativas (intercongregacionalidade, redes...).

Irmã Annette iniciou a sua fala dizendo: Nós fomos às fontes da nossa esperança com a profunda interpelação do lema: ‘Vejam: estou fazendo coisas novas’ (Is 43, 19). Precisamos pedir à Divina Ruah olhos novos para enxergar o que está brotando... Pois, como todos sabem, enxergar é um processo seletivo: escolhemos enxergar o novo”!

Em sua fala, apontousetas que indicam caminhos no deserto: 1) O carisma da Vida Consagrada como tal, e não a preocupação doentia com o marketing vocacional para a sobrevivência da nossa congregação; 2) O resgate da ecologia, sobretudo nas suas dimensões social, espiritual e integral; 3) O cuidado com os mais vulneráveis, dentro e fora da comunidade; 4) A reafirmação do nosso ser apostólico como itinerância na leveza; 5) A confiança nas novas gerações da VRC; 6) A solidariedade com as mulheres e crianças traficadas; 7) A simplicidade voluntária, ressignificando o voto de pobreza.

Outro momento forte da nossa Assembleia foi a celebração realizada no final da tarde do dia 13, em frente à Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, para celebrar os mártires da caminhada. No decorrer da celebração lembramos a causa dos povos indígenas, a luta das mulheres, das pessoas traficadas e das juventudes, e tantos outros rostos de pessoas excluídas de uma vida digna, conforme o sonho de Deus. Protestamos também contra toda a situação de corrupção em que vive o nosso país, especialmente o golpe contra a jovem democracia, abortada pela classe dominante, que sempre deteve o poder.

Com o desejo de dar passos novos, alargar a tenda e comprometer-se com a vida, especialmente onde ela está mais ameaçada, na manhã do dia 14, durante a celebração eucarística, quatro religiosas foram enviadas para a diocese de Pemba, em Moçambique, sob a coordenação da CRB Nacional.

No decorrer da Assembleia também foi eleita a nova Diretoria Nacional e o Conselho Fiscal. Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro foi reeleita quase por unanimidade. Em sua mensagem final, ela destacou três palavras:

Mística: É a paixão de cada um/uma de nós! Apaixonados pelo Reino, por Jesus e pelos pobres.

Relações: É a dor da humanidade! Convidou-nos a dialogar, não perder os espaços de diálogo, mesmo nos meios mais difíceis. Vamos fortalecer o nosso espírito de comunhão.

Profecia na Missão: Razão de ser da Vida Religiosa Consagrada! Motivou-nos a viver com maior fidelidade o carisma fundacional.

Fizemos a experiência de deixar-nos conduzir pelo Espírito e caminhar com o profeta Isaías, para alimentar a nossa esperança, neste tempo de crise e encruzilhada. Conforme nos diziam os assessores e assessoras, a crise em que vivemos é oportunidade de trilhar novos horizontes; de fortalecer nossa identidade; de somar e construir parcerias intercongregacionais e avançar na profecia!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Marlene Eggert

Comentários  

#1 Maria Lucélia Araújo da Silva 27-07-2016 16:50
Obrigada, Irmãs, pela partilha da Assembleia. Vocês partilhando, levam-nos a fazer a experiência da participação da Assembleia mesmo que em outra dimensão. O Universo acolheu todas as experiencias vividas na Assembleia para espalhá-las mundo afora afim de quem não foi também experimente. Que coisa boa, que coia linda!!! No retiro da Província Cléglia Ânesi as Irmãs Fátima e Cleusa também partilharam muitas experiencias bonitas da Assembleia Nacional da CRB. Que maravilhosa é nossa família Religiosa de vida Consagrada!!!!!

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