E Maria cantou: “Derruba do trono os poderosos e eleva os humildes...” (cf. Lc 1,52)
Nós, Irmãs Maria de Jesus Rodrigues Lima e Zélia Maria Batista, participamos do Curso de Extensão em História e Culturas Indígenas, uma iniciativa da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA) e Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Proposta inovadora aberta aos agentes de movimentos e pastorais sociais, professores, com a finalidade de formar multiplicadores na qualificação para a abordagem das temáticas das culturas e histórias dos Povos Indígenas. Também, visando contribuir para a implementação qualificada da Lei 11.645/2008 e na inserção desses agentes em seus contextos de atuação.
O curso foi concebido a partir de uma demanda apresentada pelo CIMI, que dera apoio logístico para o mesmo. Foi ministrado presencialmente nos dias 11 a 29 de julho, no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO), pelo quadro de assessores e professores das respectivas entidades. Contou com a participação de 51 pessoas, provenientes de todas as regiões do Brasil, portadores do saber e da experiência, tanto no campo acadêmico como junto aos povos indígenas.
Um grupo entrelaçado pelas cores da diversidade foi capaz de comungar das diferenças no mesmo abraço pela causa indígena, e durante 314h de estudo e vivência com algumas etnias, fortaleceu seus laços de pertencimento, de solidariedade e compromisso com as minorias e com nossa “Casa Comum”.
A ministração do curso respondeu bem aos anseios dos participantes. Os professores desenharam de forma vigorosa as suas disciplinas. Os participantes por sua vez envolveram-se não só nas temáticas, mais também, participaram de agenda de delegações indígenas (na interação das reivindicações e alcances), manifestação “OCUPA FUNAI”, Aldeia Multiétnica (Goiás), visita ao Santuário dos Pajés (Brasília) e nos momentos de confraternização com o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).
Nosso sentimento é de gratidão à UNILA e CIMI pela efetivação desta ação tão precisa a qual possibilitou a construção de novos saberes, novas experiências que abrirão caminhos, delimitarão novos espaços de atuação, afiançadas pelo sonho e concretude da “Sociedade do Bem Viver”. Gratidão às irmandades que possibilitaram a nossa participação, para que pudéssemos qualificar ainda mais a nossa atuação junto aos Povos Indígenas. Para nós ficou a convocação de pautar mais em nossas ações esse direito de uma educação a partir dos povos tradicionais, quilombolas, ribeirinho... como suscita a Lei 11.645/2008.
Comentários
Continuemos firmes nesta luta, pois a fé remove montanhas.
Um grande abraço
Anita