As mulheres quebradeiras do coco babaçu, foram marcadas de geração em geração pela violência sexista, patriarcal, vida de submissão aos seus companheiros e exploradas pelos donos das terras. Agora vencem o anonimato e o medo e se levantam, se organizam e gritam: “nós existimos”! É um processo de empoderamento longo e penoso, mas que está dando um novo rumo e contando uma nova história.
Unidas e organizadas em grupos, associações e movimentos estas guerreiras lutam pela equidade de gênero, para serem reconhecidas e de terem acesso às políticas públicas para as mulheres; lutam pelo livre acesso aos babaçuais; lutam pela melhoria da renda familiar com produção de qualidade e preço justo dos derivados do coco babaçu, no espírito da economia solidária; preservam a floresta e defendem o extrativismo sustentável dos babaçuais.
No Piauí, como reconhecimento desta luta foi instituído o DIA ESTADUAL DA QUEBRADEIRA DE COCO BABAÇU – 24 de setembro, através da Lei 6.669, sancionada pelo governador Wellington Dias em 16 de junho de 2015.
Neste ano de 2016 para celebrar a data haverá uma programação em Esperantina, com a presença de todos os grupos de quebradeiras do Piauí. Está previsto uma mesa de debates sobre a destruição das áreas de babaçuais pelos grandes projetos. Em seguida o lançamento da Campanha BABAÇU LIVRE e encerrando com atividades culturais.
Nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, atuando na Comissão Pastoral da Terra (CPT) Regional Piauí, procuramos ser uma presença profético-solidária junto aos povos do campo e das florestas e apoiamos esta luta, assessoramos grupos de quebradeiras de coco babaçu, bem como participamos da construção de uma articulação estadual das quebradeiras, a fim de que estas sejam protagonistas na construção de uma nova sociedade, baseada em relações sociais e econômicas de equidade, igualdade, direitos, justiça e fraternidade.
Comentários
Por sua luta, sofrimento vale apenas lutar e não arredar o pé. Que Deus seja sempre forçana vossa caminhada. Abraços e sintonia. Etelvina
Abraço a todas!