Dia 17 de junho realizamos na sede provincial, um encontro dos familiares das irmãs residentes em Rondonópolis e municípios vizinhos, no contexto das celebrações dos 70 anos de missão da província Santa Teresa do Menino Jesus no Mato Grosso. Estavam presentes familiares das seguintes irmãs: Ana Pereira de Macedo, Ana Pedrina da Silva, Euiranydes Pereira Fagundes, Gema Domênica Fornazier, Ida dos Santos Faria, Isabel Pereira da Silva, Ivanilde Ramos dos Santos, Lucelene Maria de Vasconcelos, Maria Rosa da Silva, Maria Vieira Queiróz, Maria de Fátima de Souza, Nilza Laurentino Araújo, Zélide Paeze e Zenilda Novais Rocha. Foi bonito contemplar a semelhança dos traços de cada família das irmãs que vinha chegando para o encontro, muito alegres e carregados de expectativas. Éramos 60 participantes entre os familiares e a respectiva irmã e as irmãs que assumiram a explicitação.
O objetivo foi proporcionar um encontro com os familiares de nossas irmãs e celebrar com alegria a caminhada missionária nestes 70 anos de história em MT. A partilha foi enriquecida com o testemunho de irmãs e com um Power Point com imagens significativa da caminhada e um pouco da nossa missão.
A programação consistiu na apresentação por família com a respectiva irmã, e das irmãs que não puderam estar presentes, projetamos sua foto na hora da apresentação dos seus familiares.
A seguir, fomos partilhando sobre a história do início da congregação; o pedido de Dom Wunibaldo Talleur à Madre Maria Avosani conceder-lhe irmãs para sua “pobre missão no Mato Grosso”; as peripécias que as Irmãs Ana Ecker, Thereza Marangoni e Luzia Schweitzer enfrentaram na viagem, partindo de Rodeio no dia 21 de fevereiro e chegando a Fátima de São Lourenço no dia 4 de abril de 1947; o início da missão como educadoras em Fátima no dia 09/4/1947; em Rondonópolis a 01/04/1949 e Campo Grande (08/04/1956). As Irmãs Maria Ossemer (90 anos) e Feliciana Bento (84 anos) que foram uma das que iniciaram a missão em Rondonópolis e Campo Grande, puderam contar de viva voz como no início tudo foi tão precário e exigente. Falou-se da fundação da escola de Jaciara no dia 01/04/ 1959, de sua tônica, desde a fundação, na ecologia. Mostrou-se como o ambiente físico das nossas escolas foi sendo reformado e seus métodos e currículos adaptados ao longo da história.
Irmã Maria Ossemer contou desde o início da missão entre o povo indígena Bororo no ano de 1980, nas aldeias Córrego Grande e Piebaga; falou-se também ligeiramente de nossa presença junto aos indígenas do norte do Mato Grosso e Amazonas e no projeto Guarani Kaiowá no MS.
Num resgate histórico explicou-se que após o governo já ter preparado mais professores e o Concílio Vaticano II, levar a Igreja a criar pastorais, a congregação ampliou o conceito de “educação escolar”, para educação para a cidadania e “catequese sacramental” para educação da fé em todos os espaços. Além da Escola, muitas irmãs assumiram então novos espaços em situações mais gritantes de missão, fora da estrutura eclesial.
Na partilha recordou-se muitas outras comunidades no Mato Grosso, onde a abertura de nossas casas para a educação e catequese fez crescer os povoados, sendo hoje municípios florescentes. Falou-se sobre a expansão para o norte do Mato Grosso e Amazonas, Angola e Bolívia, com fotos desses lugares em que as irmãs priorizaram as maiores carências, assumindo níveis de animação e assessoria às CEBS e às mais diversas Pastorais, Saúde, Economia Solidária, mobilizações em defesa da Ecologia, dos Direitos Humanos, Assentamentos, Escola de Formação Política e outros.
Não podíamos deixar de falar sobre a vivência do nosso carisma que anima e sustenta toda a missão que assumimos; nossa organização interna como província, a formação continuada e inicial, o SAV, os simpatizantes e o cuidado para com as nossas irmãs que estão doentes.
Não foi possível entrar em detalhes, porque 70 anos de história é muito tempo, para uma tarde de encontro. Ao encerrarmos já estava escurecendo. Mas a expressão geral dos participantes foi de que o encontro foi muito bom; que trouxe elementos de história do Brasil, Mato Grosso e Rondonópolis; que deu para entender a congregação desde as suas origens; que se alegram por se sentir parte desta caminhada; que motivou a prosseguir com mais coragem; que esta iniciativa deve se repetir todos os anos; que vão animar jovens a se somar em nossa família religiosa.
Comentários
Isto alimenta a missão.