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24 Outubro 2017
Direitos Sociais como base de luta!

“Direitos humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé”.

Nos dias 21 e 22 de outubro de 2017, na sede provincial, em Rondonópolis - MT realizou-se mais uma etapa da Escola de Formação Política. Esta etapa contou com a participação de 29 pessoas representantes de movimentos sociais, partidos políticos, organizações, igrejas e trabalhadores/as do campo e da cidade. O tema tratado foi “Direitos Sociais como base de Luta”. O palestrante foi o professor e membro da equipe de coordenação da CPT do MT, Cristiano Apolucena Cabral. Sua apresentação em PowerPoint foi acompanhada de explicações, contribuições e debates pelos participantes:

Capitalismo versus Direitos e organização popularO capitalismo se sustenta em duas pilastras: o capital e a força de trabalho. O capital compra a força de trabalho e transforma-o em lucro, mas quem paga a mão de obra é o/a próprio/a trabalhador/a, através do lucro excedente da produção.

O que alimenta a máquina do capitalismo é o consumo, daí a necessidade da propaganda para vender os produtos. O importante é ter, acumular, consumir. Não importa que haja depredação dos recursos naturais; não importa se os/as trabalhadores/as são explorados.

No capitalismo a democracia tem efeito mínimo sobre as desigualdades sociais ou sobre as relações de dominação e de exploração entre o capital e o trabalho. Na sociedade capitalista cidadão é aquele que trabalha, paga imposto e consome para manter o lucro e os aparelhos mantenedores do capital.

O/a trabalhador/a tem que trabalhar com dupla jornada de trabalho para conseguir sobreviver; não pode se organizar em grupos e etnias como os indígenas, quilombolas, assentados; todos estão sendo hoje mais massacrados que no passado; sua formação é negada, pois o/a trabalhador/a sendo formado/a, conscientizado/a vai exigir seus direitos.

No sistema capitalista ter é “sagrado”; o capitalista “ama seus bens sobre todas as coisas” e investe todas as energias para acumular mais. Sem o dinheiro a pessoa não existe; a pessoa é pelo que produz e consome e acaba virando uma máquina dentro do sistema. A ideologia capitalista vai penetrando até nas igrejas, escolas e outras organizações.

O liberalismo é a doutrina do Estado Mínimo que não interfere nas leis do mercado, para favorecer os donos do capital. O governo anterior regulava a economia, no combustível, na alimentação. No estado mínimo atual isso não acontece. Hoje o sistema político está como regulador do Estado Mínimo; os políticos não estão discutindo sobre o bem da sociedade, mas sobre o que é melhor para eles mesmos.

Estado representativo ecidadania - A representação é forma de distanciar o povo da política. A representação não é o exercício do poder político, mas renúncia a este poder, sua transferência a outros, sua alienação.

A seguir, o assessor apresentou três filminhos que mostram a história da luta dos/as trabalhadores/as, das mulheres e dos/as camponeses/as, seguindo-se um debate em grupos sobre a vida do trabalhador hoje; a luta das mulheres; dos camponeses e da juventude. No plenário constatou-se o quanto os participantes estão vivendo essas lutas e são conscientes das lutas e reivindicações de outras categorias.

O assessor ressaltou também a importância de lutar pela identidade. O camponês, o quilombola, o negro devem construir sua identidade. Os movimentos sociais são os portadores do projeto popular de sociedade e de educação.

Conclusão – Precisamos hoje superaro desinteresse pela política; assistir a TV Câmara e Senado para saber o que está sendo legislado; participar de debates em busca de propostas para a mudança social; buscar conhecimento, participar das organizações populares; unir, esclarecer, organizar a classe trabalhadora, qualificar a militância, mobilizar o povo e lutar para alcançar seus objetivos. É necessário valorizar a pessoa pelo que é; humanizar nossas relações sociais e com a natureza; preservar e cuidar de todas as formas de VIDA. É necessário conquistar leis e comportamentos que respeitem e garantam os direitos sociais para o povo e a ecologia.

Partilha feita com base no Texto do assessor e apontamentos de Edmar Barbosa da Silva, coordenador da CTP da Diocese de Rondonópolis.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Anita David

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