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09 Fevereiro 2018
Indígenas do Brasil participam do encontro com o Papa Francisco.

“Provavelmente os povos amazônicos originários nunca estiveram tão ameaçados em seus territórios como estão agora”

 

Com este tom determinado, o Papa Francisco denuncia a grave situação de violência e violação de direitos, que vivem os Povos indígenas, “provavelmente os povos amazônicos originários nunca estiveram tão ameaçados em seus territórios como estão agora”. A Amazônia é uma terra disputado em várias frentes: por um lado, o neoextrativismo e a forte pressão de grandes interesses econômicos que apontam sua ganância sobre petróleo, gás, madeira, ouro, monoculturas agroindustriais. O Papa Francisco chamou a atenção para a “perversão de certas políticas que promovem a conservação da natureza sem levar em conta o ser humano”, que acabam “gerando situações de opressão aos povos originários para quem, deste modo, o território e os recursos naturais que nele existem se tornam inacessíveis”.

 

 

Do Brasil, representando nove estados diferentes, 100 lideranças indígenas, dos povosOs Povos Munduruku, Guarani Ñandeva, Guarani Kaiowá, Pataxo hãe hãe, Guarasugwe, Sakirabyat, Aikanã, Mamaindê, Puruborá, Cujubim, Apurinã,  Migueleno, Parintintin, Cao Oro waje, Oro Mon, Wajoró, Karipuna, Cassupá,  Salamãe, Chiquitano, Mura, Karitiana, Tupari, Kaingang, Gamela, Jiahui, Pataxó, Yawanawa, Hunikui, Shanenawa, Manchineri e Kaxarari. Duas delegações – uma saindo de Porto Velho, em Rondônia, e outra do Acre – se deslocaram até a Amazônia peruana e elaboraram um documento para o Papa Francisco, falando sobre as ameaças aos seus direitos no Brasil.

 

 

As lideranças indígenas do Brasil, expressaram de forma firme a realidade vivida por eles o nosso direito ao território é um direito sagrado e não recuaremos um palmo de terra retomada. Somos povos originários desta Terra e exigimos respeito! Com tantas omissões e violações sistemáticas o Estado brasileiro declara guerra aos povos originários que lutam por justiça e o direito de viver dignamente como seres humanos’. Ainda destacaram, ‘a grave realidade de povos que vivem em situação de isolamento e risco nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Rondônia e Mato Grosso. Com os cortes orçamentários o governo federal comprometeu as ações de fiscalização e proteção dos territórios de mais de 90 povos isolados, submetendo-os à condição de vítimas de um provável processo de genocídio’.

 

Os indígenas do Brasil presentes no Peru para o encontro com o Papa Francisco elaboraram um documento denunciando as diversas políticas anti-indígenas de que têm sido alvo recentemente no país. “O Estado brasileiro declara guerra aos povos originários que lutam por justiça e o direito de viver dignamente como seres humanos”.

O papa Francisco conclamou a todos/as a defender a Amazônia e seus povos. O Sínodo da Amazônia deseja criar consciência de uma “Igreja com rosto amazônico e uma Igreja com rosto indígena”, reafirmando junto aos povos indígenas “uma opção sincera pela defesa da vida, defesa da terra e defesa das culturas”.

 

O encontro do Papa Francisco com os povos indígenas, que somaram mais de 3.500 pessoas, foi um forte apelo pela defesa da vida, dos direitos e dos territórios. Representando todos os indígenas presentes, as lideranças dos povos Awajún e Karakbut denunciaram as violações de que têm sido vítimas. A liderança Yésica Patiachi Harakbut pediu ao Papa Francisco “pedimos-lhe que nos defenda. Os estrangeiros nos vêem como fracos e insistem em tirar nosso território de maneiras diferentes. Se eles conseguirem tirar nossas terras, podemos desaparecer”.

 

É urgente valorizar os saberes tradicionais, na encíclica Laudato Sí, a igreja já manifestava esta preocupação “não nos esqueçamos que o desaparecimento de uma cultura pode ser tão ou mais grave que o desaparecimento de uma espécie animal ou vegetal”. Portanto, o Papa Francisco alertou os presentes “escutem aos anciões, por favor, eles tem uma sabedoria que lhes põe em contato com o transcendente e lhes faz descobrir o essencial da vida’.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Laura Vicuña P. Manso

Comentários  

#1 cicaf 15-02-2018 11:25
Sim. É preciso respeitar nossos povos indígenas e dar a eles dignidade. Pois devemos que vivam em sua terra sagrada ...A eles ela pertence .a terra. Deus ilumine os governantes para conquistar seus direitos.

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