É isto que eu quero,

é isso que eu procuro,

é isso que eu desejo viver

de todo o coração!

São Francisco

O dia 11 de março amanheceu lindo na cidade de Laurentino/SC! O sol deu o ar da graça e os pássaros alegres cantavam ao Criador, agradecendo pelo dom da vida. Nesse dia, confirmei minha decisão de seguir Jesus Cristo como Irmã Catequista Franciscana, na Província Santa Clara de Assis.

Meu pai Arlindo Antunes dos Santos, minha mãe Tereza Mateus dos Santos (em memória), minha irmã a noviça Andressa Antunes dos Santos, e outros familiares vindos de Guarapuava/PR e de Blumenau/SC, marcaram presença de apoio, compartilhando o mesmo sentimento de alegria pelo meu SIM, dado com generosidade. Estavam presentes muitas irmãs, simpatizantes do carisma e pessoas amigas.

A celebração Eucarística foi presidida por Dom Onécimo Alberton, bispo da diocese de Rio do Sul/SC, que fez uma bela homilia, ressaltando o caminho do itinerário vocacional, expresso no lema que escolhi como inspiração: “Eu vi a miséria de meu povo que está no Egito, ouvi o seu clamor contra seus opressores e conheço os seus sofrimentos. Por isso, desci para libertá-lo” (Ex 3,7-8).

Dom Onécimo enfatizou que só vê quem sente compaixão, ouve o clamor e os anseios de um povo sedento e escuta a voz de Deus que chama para a missão. O passo seguinte é conhecer, e só conhece quem faz a experiência do “vinde e vede”, quem se envolve e se desafia. Essa experiência leva a descer, a sensibilizar-se com os gemidos de tantos pequeninos pedindo pão. O “ver” e o “ouvir” dão credibilidade ao testemunho. Por isso, São João diz: O que vimos e ouvimos nós anunciamos a vocês... (1Jo 1,3).

Deus age em nossa vida, colocando em nosso caminho muitas pessoas, que são como as flores de um jardim: juntas embelezam nossos olhos, sem perder a sua essência. Agradeço a Deus por tantas pessoas que passaram até hoje em minha vida e deixaram marcas tão bonitas e significativas, especialmente no tempo de formação. A elas o meu carinho e a minha gratidão!

A celebração da profissão religiosa foi vivencial e começou em Puente Kyjhá, Paraguai – onde resido atualmente –, na missa preparada pelas irmãs, simpatizantes do carisma, jovens vocacionadas e o grupo juvenil da Paróquia Santa Catalina. Continuou no retiro orientado pela Irmã Ana Cláudia de Carvalho Rocha, sobre a consagração e os votos, com profundidade e uma rica experiência de Deus. Seguiu na comunidade Nossa Senhora das Graças, no Bairro Boa Vista em Rio do Sul/SC, onde participei da celebração da comunidade e pude agradecer pelo apoio e incentivo que recebi no processo de discernimento vocacional.

O chamado continuou a se fazer caminho até o momento da consagração, da entrega total para assumir a Aliança de amor, vivendo o seguimento de Jesus Cristo, a exemplo de Francisco e Clara de Assis, doando minha vida na Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, a serviço do Reino de Deus.

A todas as irmãs, formandas, simpatizantes do carisma e familiares, minha gratidão pelas orações e gestos de carinho, manifestados através da presença e também de mensagens e regalos. A cada uma/um o meu abraço. Sinto-me feliz por abraçar esta opção de vida. Desejo somar forças e caminhar atenta aos novos apelos que surgem da realidade. Quero testemunhar sempre, com coragem, entusiasmo e vigor, o ser Irmã Catequista Franciscana, lutando em defesa da vida, pela justiça e pela paz, fazendo a opção preferencial pelos pobres. Conto com suas preces.