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29 Julho 2019
Rezando a Vida Com Francisco e Clara de Assis

Como está o nosso compromisso com a denúncia e o anúncio da realidade, em que os pobres são descartados e mãe natureza cada vez mais depredada? 

O que a Criação espera das Irmãs Catequistas Franciscanas?

Como nossa Congregação pode manifestar esta paz profética?

 

Como é bom nos encontrar e viver a irmandade universal, a partir do silêncio interior. Foi assim que aconteceu de 24 a 28 deste mês de julho, no retiro francisclariano, com a participação de dezoito irmãs e a orientação de Frei Rubens Nunes da Mota, OFMCap, em Rondonópolis-MT, na sede da Província Santa Teresa do Menino Jesus.

“Vem, me fala tu, da tua vida”. Cada irmã, do seu jeito, falou de si, seu nome e de onde vem. Tudo começou a partir de nós, de nossa identidade, pois foi assim que Jesus quis se conhecer melhor, a partir do/a outro/a (Mt 16, 13-19). Com esta motivação inicial nos reunimos para aprofundar nossa opção e alimentar nossa caminhada. A espiritualidade francisclariana nos interligou com as várias realidades de nossa missão.

Nesta dinâmica, ouvimos a música, “Quero me curar de mim”, de Flaira Ferro e refletimos na profundidade do nosso ser sobre a importância de, em atitude de minoridade, sairmos de nós mesmas/os e irmos ao encontro da/o outra/o, sobretudo das/os mais sofridas/os e de todos os seres criados, para formarmos uma grande comunhão universal, como fizeram Clara e Francisco de Assis.

A partir da dimensão da minoridade, “para estar com”, rezamos a exigência da profecia na VRC,   Assim como os profetas bíblicos, que pelo seu testemunho de vida anunciaram, mas também denunciaram as autoridades de seu tempo, apontando seus erros, suas mazelas, somos convocadas a mesma atitude.  Fomos questionadas: Como está o nosso compromisso com a denúncia e o anúncio de realidade, em que os pobres são descartados e mãe natureza cada vez mais depredada? Para isto, fomos motivadas a fazer memória do Documento Laudato Si, do Papa Francisco. Nele retomamos a nossa essência a partir do mais profundo do nosso ser e nos deparamos com a terra que somos, e que precisa ser cuidada e respeitada, para podermos dizer como São Francisco: “Louvado sejas, meu Senhor”! A partir do canto do Pe. Zezinho, “Diante de ti, ponho a vida e ponho a morte”, vimos o quanto nós/terra estamos violadas, dividas, por causa do egoísmo e do dinheiro, do poder do maior sobre o menor. Por isso, o cuidado não pode ficar somente em nossa Casa Comum externa; necessitamos cuidar de maneira especial da nossa ecologia interior, que se expande para a ecologia integral. E fomos provocadas com o questionamento: O que a Criação espera das Irmãs Catequistas Franciscanas?

Com esta pergunta ressoando em nossos ouvidos e sabendo que a ecologia é uma das preocupações dominantes de hoje, nosso compromisso é com a defesa da vida como um todo. Por isso, assim como cuidamos para não poluir o meio ambiente e fazermos parte de várias organizações com ações voltadas para o cuidado com a Casa Comum, também precisamos cuidar da vida de irmandade/fraternidade para não contaminarmos umas às outras e as pessoas com as quais convivemos na missão, através de nossas mágoas, ira, inveja, competição, deixando assim, um clima de tristeza e desalento. Nosso compromisso é com a Paz e o Bem. O amor mútuo entre nós e com toda criação é o mesmo amor que temos a Deus, a Jesus Cristo, ao Reino. Como nossa Congregação pode manifestar esta paz profética?

Para a vivência da espiritualidade francisclariana, o retiro nos trouxe também outro elemento desafiador: a Interculturalidade. Como congregação, estamos cada vez mais despertando para esta realidade, com a inclusão de jovens e coirmãs de culturas diferentes convivendo em nossas irmandades e buscando recriar nosso Carisma nas diferentes realidades em que assumimos a missão.

Refletimos que para melhor vivenciarmos o Carisma da Congregação hoje, precisamos descobrir e acolher os rostos de Deus, nas diferentes gerações e culturas; resgatar formas de viver o Carisma em manifestações culturais diversificadas, cheias de riquezas e belezas expressas através do carisma pessoal de cada Irmã. Escolhemos a vida consagrada, mas não escolhemos com quem vamos conviver; necessitamos assim, aprender a conviver, contemplar as riquezas de cada uma e construir uma irmandade feliz.

No encerramento fizemos uma síntese e concluímos que daqui para frente, mergulharemos cada vez mais na escuta, na minoridade e na busca da paz. Pois só podemos cuidar das/os outra/os se antes cuidarmos de nós mesmas. Todo olhar para si mesmo se resume em construção de uma vocação, que requer renúncias, esvaziamento, testemunho, sentir o que a/o outra/o sente, vivenciar, enfim, o amor através de gestos concretos.

Agradecemos a Deus que nos chamou para esta parada; a nossa província e irmandade que nos proporcionaram esta grande oportunidade de parar e retomar a nossa vida; ao orientador Frei Rubens, que trouxe temas tão propícios e tão bem orientou os momentos orantes; ao Frei Nelson Bernardes Martins pelas celebrações eucarísticas e pelo sacramento da penitência.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria Lucélia Araújo da Silva e postulante Poliana Almeida dos Santos

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Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

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