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17 Agosto 2019
Mulheres consagradas: livres para amar e servir!

“A vida consagrada não é sobrevivência, é vida nova. É encontro vivo com o Senhor no seu povo. É chamado à obediência fiel de cada dia e às surpresas inéditas do Espírito. É visão daquilo que importa abraçar para ter a alegria: Jesus.” (Papa Francisco)

Cumprir o mandamento evangélico “ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15) só é possível para pessoas livres. A verdadeira liberdade encontra-se no amoroso acolhimento da vontade de Deus. Por ela, abrimo-nos para um novo modo de ver e considerar as realidades plurais, vividas em nossa sociedade hoje.

A verdadeira liberdade nos faz deixar o ninho que acomoda e dá conforto, para irmos, como enviadas do Deus da Vida, às periferias geográficas e existenciais que tanto nos desafiam, e trazer ao centro tantos irmãos e irmãs deixados à margem do caminho e excluídos da convivência social; nos aproxima, nos faz olhar com misericórdia e acolher tantas mulheres violentadas bruscamente por homens covardes, dominados pelo poder e ciúmes. A verdadeira liberdade é a que faz tomar posição, como fez Jesus de Nazaré, e colocar-nos ao lado dos pobres, dos trabalhadores sem serviço, das famílias sem teto, das pessoas expulsas de sua pátria; é ela que possibilita conhecer e assumir a proposta do Reino de Deus revelada por Jesus Cristo.

A profecia inerente ao seguimento de Jesus exige um ato de liberdade diante de tantas ofertas fáceis e cômodas: de poder, dominação, individualismo, aplausos, posses, preferências, mentiras e falsidades. Confirmamos isto quando olhamos para nossas primeiras irmãs que, livres de qualquer preconceito, busca de prestígio pessoal, ameaças e apegos, assumiram corajosamente os apelos e a vontade de Deus e se colocaram a caminho, sem reservas e sem olhar para trás. Foi num ato de liberdade que Amábile, Maria e Liduína assumiram um caminho totalmente novo e desconhecido, rompendo com o preconceito em relação à mulher e ao jeito de ser religiosas. Somos convocadas também nós, hoje, a romper com muitas certezas para inculturar o carisma fundante. Não podemos fazer do carisma algo rígido ou uniforme. Isso seria o mesmo que matar o espírito inicial. O carisma é dinâmico e precisa ser inculturado nas diferentes realidades, o que também exige diferentes ações.

Quando fazemos memória e celebramos o Dia da Vida Religiosa Consagrada, não podemos perder de vista o que nos é específico, segundo o Papa Francisco: “ser profetas (profetisas), particularmente, ao demonstrar como Jesus viveu na terra, e proclamar como o Reino de Deus será em sua perfeição. Um religioso (uma religiosa) jamais deverá renunciar a sua profecia”. O convite do Papa Francisco é que sejamos “testemunhas da força humanizadora do Evangelho por meio da vida em fraternidade”. E nós, francisclarianas, temos esta provocação em nosso carisma inicial: cultivar relações de irmandade e minoridade com todas as criaturas. A tentação contra a irmandade, a fraternidade, é o que mais impede o caminho da Vida Consagrada, pois a fraternidade, com suas mais diversas formas de ser vivida, é o testemunho concreto para o mundo, de que é possível viver aqui e agora o que Jesus nos pede: “Amem-se uns aos outros assim como eu amei vocês. Se vocês tiverem amor uns aos outros, todos vão reconhecer que vocês são meus discípulos” (Jo 13,34-35).

Ao celebrar a Assunção de Nossa Senhora, pedimos a esta mulher, que assumiu a vontade de Deus com total liberdade, que nos ajude a sermos fiéis ao nosso compromisso de consagradas; guie nossos esforços para transformar a realidade segundo o plano de Deus; interceda para que a Vida Religiosa seja uma força generosa de renovação, em todos os espaços da Igreja e da sociedade. Que juntas possamos combater o fascínio do materialismo que sufoca os autênticos valores evangélicos, e o espírito de competição que gera egoísmo, injustiça, exclusão. Que não encontre espaço, em nosso jeito de organização, o modelo econômico que desumaniza e concentra, nos tirando a liberdade, a simplicidade e a coerência, frente aos desafios que vivem as trabalhadoras e trabalhadores na realidade de hoje. Que Maria nos inspire na conversão à cuidadosa e atenta escuta da vontade de Deus, revelada na sua Palavra e no grito sofrido do povo sem vez e sem voz, que vive perambulando de um lado para outro, em busca de meios para sobrevivência.

Olhemos para Maria, mulher da esperança, da confiança, verdadeira discípula de seu Filho Jesus, e deixemo-nos iluminar por sua vida-missão. Imploremos, por sua intercessão, a graça de vivermos alegres e, sabiamente, usar nossa liberdade para a gratuidade e o serviço aos irmãos e irmãs mais necessitados.

Queridas irmãs, parabéns! Feliz dia da Vida Religiosa!

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  • Fonte da Notícia: Irmã Marlene Chiudini - pela coordenação geral

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