"Vocação é sem medo dizer sempre sim. É gritar que o amor não tem fim, sendo fiel na sua missão." (Jonny)
Irmã Lucelene Vasconcelos, irmã catequista franciscana, descobriu que ser religiosa é um jeito alternativo de ser feliz, que encanta e cativa! Neste mês vocacional, gratas ao Deus que continua chamando, somos convidadas/os a ler seu testemunho e revisitar nosso caminho como vocacionadas/os do Reino.
Acompanhemos a trajetória de irmã Lucelene:
Eu nunca tive dúvida se minha vocação seria a Vida Religiosa Consagrada! Desde pequena, repetia a acertada frase: “Quando crescer, eu serei irmã e professora”. Alcancei o “ser Irmã” por primeiro, porém, uma inquietação surgiu. Tudo o que as Irmãs fazem em casa, nas comunidades e em outros espaços, eu poderia fazer sem ser religiosa consagrada. Aqui começou meu discernimento verdadeiro. Procurei escutar meu coração, minha verdade interior e as intenções que eu alimentava em cada atitude. Comecei a observar melhor a vivência/espiritualidade das Irmãs Catequistas Franciscanas e encontrei mais clareza sobre o verdadeiro sentido da Vida Religiosa Consagrada, que não é só “fazer”, mas uma doação que nos envolve inteiramente.
Em todas as épocas, a vida implora por socorro. As duas maiores forças existentes no íntimo do ser humano são o bem e o mal. Esse duelo está presente nas pessoas e nas organizações, porém, há um caminho puro e verdadeiro, como proposta de transformação e de concretização do Projeto de Deus para a humanidade. Jesus se apresentou como O Caminho e, desta forma, convoca pessoas para segui-lo, fazendo acontecer a vida, a fraternidade, a justiça e a paz.
Acredito que o anseio por viver o Evangelho e gerar uma vida digna e feliz seja o segredo da busca e perseverança minha e dos demais consagrados/as. Nos espaços e funções escolares por onde vivi a profissão, experimentei o ser professora e o estar coordenadora pedagógica e, por último, gestora.
Um prazer imenso de viver minha vocação, realizando um trabalho motivado pelos passos iniciais das primeiras Irmãs da Congregação, Amábile, Maria e Liduína. Que elas intercedam a Deus pelas nossas escolas, pois são sementes que continuam desabrochando nessas mesmas atividades educacionais/sociais. Um trabalho que hoje enfrenta muitas dificuldades e deve ser ressignificado, para que tenha capacidade de gerar cidadania e educar para a coletividade. Exige leituras constantes, criatividade, rapidez e prudência diante dos problemas, e também exercício no cumprimento de prazos/regras. Mas oferece o que há de mais lindo: viver com as crianças, adolescentes, jovens e profissionais todos os dias da semana.
A Congregação tem bastante respeito pelos dons e perfis das vocações que chegam, por isso, há muitos outros trabalhos profissionais importantes, garantindo o seguimento de Jesus, como discípulas-missionárias, a caminho do “novo céu e da nova terra”, conforme anuncia o profeta Isaías.
O rumo que a humanidade está tomando, ao revelar um mundo inseguro, perdido e triste, é percebível por todos e preocupa demais. A previsão é que as novas gerações tenham um meio social muito turbulento, influenciando na vivência da cidadania, na afirmação da identidade e no protagonismo enquanto pessoa e cristão. Mas isso pode mudar. É bonito sentir que a Palavra de Deus não passa sem deixar seu sinal. É notável a multidão de pessoas boas, solidárias, comprometidas com o melhor para todos, firmes na fé e na esperança de novos caminhos mostrados por Jesus. Cada pessoa que responde livremente e feliz ao seu chamado vocacional torna-se luz, e testemunha que a vida é um presente maravilhoso, a ser cultivado no amor e para o amor ao próximo.
Comentários
O maior presente de Deus é nossa vocação e a felicidade na resposta ao chamado cada dia! Ele nos acompanha, nos deu irmãos e irmãs e isso é Tudo! Com você, feliz por ser Irmã Catequista Franciscana! Abraço carinhoso de Paz e Bem!