“A paz invadiu o meu coração, de repente me encheu de Paz, como se o vento de um tufão, arrancasse meus pés do chão...” (Gilberto Gil)
No dia 1º de janeiro, o mundo se une para celebrar o dia da Confraternização Universal e, grande parte, comemora a chegada do Ano Novo. Neste mesmo dia, no ano de 1968 o Papa Paulo VI escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz.
No texto, ele manifestou esperança de que essa data ganhasse consenso no mundo todo, e pudesse ser celebrada por muitos promotores da paz, de forma ousada e forte, contribuindo para a construção de sociedades conscientes e libertas de seus tristes conflitos bélicos. O desejo de Paulo VI, em grande parte foi acolhido, mas celebrado também em datas diferentes.
O Papa João Paulo II, em 1986, encontrou-se com 70 líderes de várias religiões do mundo, em Assis, onde tudo fala de um singular profeta da paz, chamado Francisco. Ele é amado por muitos outros crentes e também por pessoas que não estão ligadas a uma religião, que nele se reconhecem nos ideais de justiça, de reconciliação e de paz.
No decorrer da história, diante de inúmeros conflitos mundiais, o tema Paz ganha destaque de diferentes formas e por diferentes entidades. Para todos os povos, é sempre tempo de recomeçar.
Enquanto acontecem discursos de ódio, disputas políticas e rivalidades, injustiças, discriminações e muitas outras formas de violência, há pessoas e grupos que escolhem a paz como proposta de vida, e fazem de iniciativas pessoais e coletivas verdadeiros polos de irradiação do bem.
Basta olhar ao nosso entorno quantos sinais e projetos em favor da vida. Apenas citando alguns: o recente Sínodo para a Amazônia; a adolescente Greta Thunberg mobilizando o mundo no combate às mudanças climáticas, atraindo jovens que vêm fazendo campanha para chamar a atenção para a crise que o nosso planeta enfrenta; os bombeiros salvando vidas em Brumadinho e levando alento, amenizando a dor e o sofrimento das famílias atingidas; pessoas e grupos que acreditam e se empenham por uma educação humanista, solidária; lideranças comprometidas na defesa da causa indígena; mulheres na luta por seus direitos; camponeses na defesa de uma agricultura livre de agrotóxicos e de uma economia sustentável... Sim, há muitas pessoas se movimentando em prol da paz!
O apelo permanece para cada um e cada uma de nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, formandas e simpatizantes do carisma. Sejamos instrumentos de paz, na vivência do nosso projeto de vida, por meio de nossa presença missionária, nos vários ambientes onde nos encontramos. É possível despertar a consciência de que todos e todas podemos ser agentes multiplicadores de um universo pacífico e amoroso, renovar as relações humanas a partir do afeto e do cuidado mútuo.
Em 2020, continuemos sendo esta “faísca de luz” no mundo, na construção de uma sociedade de relações humanizadoras, igualitárias e justas, onde a justiça e a paz se abraçam (cf. Sl 85/84, 11).
“Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um (de cada uma) e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz” (Papa Francisco).
Bem-vindo o Novo Ano, com suas alegrias e esperanças!
Nosso abraço de Paz e Bem!