“Por que tenho que andar tão aflito...tua luz e tua verdade me guiam, Deus da minha alegria” (Sl 43 (42).
A humanidade geme e chora acabrunhada pelo medo do contágio, a alma dolorida pela pessoa querida que se foi sem poder se despedir...talvez enterrada em valas comuns... até sem direito a um caixão... Mas a teimosa esperança confia que “amanhã será um outro dia”. Uma canção que está sendo muito cantada nestes tempos, aqui em República Dominicana, diz assim: “Resistirei, de pé frente a tudo, me tornarei de ferro para endurecer a pele e, ainda que que os ventos da vida soprem forte, sou como o junco que se dobra, mas sempre está de pé”.
Em meio à pandemia as mulheres dos nossos grupos falam de saudade da missa, saudade das amigas, mas sempre terminam dizendo: “nos abraçaremos nas escadarias da igreja”; “faremos um sancocho” (uma comida típica daqui); os maridos lhes dizem: “pelo jeito a primeira missa deverá ser no pátio...” As ondas são fortes: a morte levou o vizinho, a conhecida, mas a confiança resiste. “Quando tudo isso passe...” “isto é só uma prova...”
“Confio no Senhor”, é um refrão na boca de Francisco, em situações difíceis, tanto na ordem, como na sociedade que o envolve (EP 71,21; 101,9) para só citar uns exemplos. Confiar nos irmãos se torna norma de vida (RB 6,9; RnB 9,10)
Clara, por sua vez, consola as apavoradas Irmãs diante da invasão dos sarracenos: “É só confiar em Cristo” (LSC 21). É esta atitude que ela mostra em toda sua vida, desde aquele domingo de Ramos em que começou sua nova vida, saindo “pela porta dos fundos”. Não nos faltam luzes. Sigamos, pois, confiantes.
Comentários
Muito fortalecedor, neste tempo de tanta insegurança.
Beijos