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“Veio do céu um grande barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde os discípulos se encontravam” (At 2,2)
Respirando o mesmo sonho e a mesma utopia, na alegria do encontro desse dia 23 de maio, dia da festa de Pentecostes, aos poucos nos juntávamos online, numa grande ciranda das Irmãs Catequistas Franciscanas. A sala ia ganhando forma, cores e beleza diante dos rostos alegres e entusiastas de cada irmã que chegava das mais diversas realidades do Brasil, Chile, Peru, Argentina, Guatemala, Paraguai, República Dominicana e Angola-África para participar do segundo Encontro de irmãs inseridas em diferentes espaços e áreas missionárias.
Irmã Ana Pereira de Macedo, Ministra Geral, acolheu o grupo dizendo: “O dia de Pentecostes é especial e nos inspira muito nesse caminho de reorganização no contexto atual. É a festa da pluralidade, das portas e janelas abertas pelo dinamismo da Ruah. O Espírito de Deus chega, penetra o espaço, a casa, os corações como força vital e tudo se transforma. As pessoas medrosas se tornam corajosas e ousadas testemunhas do Ressuscitado”.
Com invocação ao Grande Espírito foram iniciados os trabalhos por salas de conversa. Ali partilhamos os sentimentos frente a Reorganização da Congregação e, a partir dos espaços e áreas de atuação, que aspectos precisamos considerar para melhor discernir o foco na nossa missão.
Os cestos de cada sala foram trazidos para a sala principal, cheios de sentimentos: esperança, laços mais estreitos entre as irmãs, alegria por participar do processo, lentidão no processo, presença da Divina Ruah mostrando o caminho... Também vieram nos cestos, aspectos para discernir o foco da missão: revitalizar o Carisma, permanecer no ponto de partida, focar no cuidado da vida: Amazônia, povos indígenas, mulheres em situação de vulnerabilidade, refugiados, migrantes...
A assessora, Irmã Suzana Rocca, constatou que estamos de mãos dadas, unidas e entrelaçadas. Estamos em atitude de vontade e abertura de mente, esperançando novos tempos, onde o Espírito de Deus na liberdade encontra espaço para fazer as “bagunças” necessárias no processo de reorganização. Os sentimentos são de esperança e gratidão na certeza da presença do Deus de Jesus, o Emanuel que caminha e está no meio de nós. Desse modo, estamos nos conhecendo mais e buscando foco para juntar forças diante do grito emergente. O apelo dos pobres da a certeza de que só nos realizamos, realizando o Projeto de Jesus – VIDA PARA TODOS.
É preciso caminhar mesmo que não tenhamos clareza de onde vamos chegar. O caminho se faz na caminhada. Deixemos a Divina Ruah, que, ora se manifestando em vendaval, ora em brisa suave, continuar nos conduzindo no processo de reorganização da Congregação.