“Celebremos com alegria, toda vida que aconteceu!”
Nos dias 11, 12 e 16 de outubro, realizou-se o encontro das irmãs da Região Sul, que compreende os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Participaram as irmandades de: Agrolândia, Água Doce, Aurora, Blumenau – sede provincial e Apartamento, Camboriú, Cascavel, Corbélia, Curitiba – sede provincial, Bairro Novo, casa Paz e Bem e casa Nazaré, Florianópolis –Trindade, General Carneiro, Guaraniaçu, Itajaí, Joinville – sede geral e Jardim Iririú, Joaçaba, Lages – centro e projeto, Laurentino – Maria de Nazaré e Centro Vida e Paz, Meia Praia, Nova Petrópolis, Rio do Sul – sede provincial e rua dos Pioneiros, Rio dos Cedros, Rodeio, Rodeio 50, Rodeio Doze, Taió, Tubarão, Vacaria e Vitorino.
Na acolhida, irmã Marlene dos Santos expressou a alegria de estarmos juntas, apesar da distância geográfica que nos separa, e convidou para colocar-nos em atitude de esperança e acolhida, recordando que esta é a Região Fonte da congregação. Aqui, acolhemos todas as irmãs, formandas e simpatizantes da congregação.
Nas palavras da ministra geral, irmã Ana Pereira de Macedo, “a região Sul é Terra Sagrada que, há 106, anos recebeu as sementes da congregação e, com coração generoso, estendeu seus ramos pelo Brasil e além-mar”.
O momento orante do primeiro dia foi permeado de alegria e emoção, ao fazer memória da caminhada histórica de nossa presença na região Sul, e desafiou-nos a um olhar profético, como anunciadoras da esperança.
Nesta região, até 2021, tivemos 251 casas. Destas, 35 continuam ativas. Nos locais onde já não estamos, o testemunho, o trabalho realizado e a presença do carisma da Irmã Catequista Franciscana continuam vivas nas lembranças do povo. Esta presença marcou a vida das comunidades, em especial nos campos da educação e catequese. Muitas dessas casas fecharam para alargar o horizonte missionário da congregação. Daqui, as saídas missionárias nos levaram a outros Estados, outras Regiões, outros países...
Irmã Susana nos animou dizendo que “é muito bonito ver essa história com tanto movimento, tanta dinâmica e criatividade. Hoje se fala muito em itinerância. Vocês são uma região que tem demonstrado essa mobilidade, esse coração generoso. Mas penso que hoje a itinerância pode ser também repensar o que vocês estão fazendo como região.”
“Temos, no Sul, um passado histórico maravilhoso que continua nos inspirando. Precisamos recordar este passado, não com nostalgia e melancolia, mas como fonte de inspiração para continuar no caminho. É a memória coletiva de nossa história! E cuidar da memória é questão de continuidade. Com a idade, perdemos um pouco de saúde, mas, ganhamos em maturidade, em experiências... ser mais velha não é doença, é sinal de vida vivida, é viver juventude eterna”, disse a assessora Moema Miranda.
O Professor Valmor Schiochet, da FURB-Blumenau, em sua análise da realidade, disse que no Sul estão localizadas muitas das elites econômicas. O desafio fundamental, na atual conjuntura, é retomar a organização das bases para o exercício da cidadania. Sabe-se que contribuição da Irmã Catequista Franciscana nesse sentido já foi bem forte.
Nesta região, há um bom número de irmãs com idade avançada, que já não tem condições de assumir novas frentes de missão, mas o coração continua grande e missionário. O Sul continua sendo “Fonte”, pois muitas que estão em outras frentes missionárias são originárias daqui. De um total de 156 irmãs que compõem as fraternidades do Sul, somente 32 tem menos de 60 anos.
Com esperança, olhamos, consideramos e contemplamos os sonhos, os desafios e as perspectivas atuais que continuam a nos impulsionar. Existem algumas sementes germinando: o trabalho com migrantes e imigrantes; projetos com jovens e adolescentes; maior sensibilidade em relação às questões ambientais.
Ficam outras inquietações como:
* O cuidado com a vida de quem necessita ser cuidada e das cuidadoras;
* Maior empenho no Serviço de Animação Vocacional;
* Frente aos limites de saúde de grande parte das irmãs nesta região, é urgente priorizar nossa atividade e presença e fazer uma gestão sustentável bens;
* Necessidade de conservar o patrimônio da Terra Sagrada da Casa-Mãe em Rodeio, com a colaboração de toda a congregação;
* Ser presença francisclariana na missão onde estamos inseridas.
Finalizamos com momento orante, sentindo a presença de Javé, o Deus fiel, no caminhar da congregação.