Celebramos a partilha da vida e história, que ecoou lá de Rodeio a terras tão distantes! (Hino do centenário da Congregação)
O chamado à missão que ecoou em Rodeio em 1913, fez-se caminho e história. No SIM de Amábile, Liduína e Maria, o “queremos ficar sempre”, que deu início à Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, no dia 14 de janeiro de 1915, alargou as tendas, ampliou os horizontes!
Desde então, vivemos uma dinâmica de caminho, movimento, crescimento. O amor de Deus, que surpreendeu as três primeiras, continua a nos atrair e a caminhar conosco! A opção feita ganha e recupera sentido em cada movimento de saída, na abertura a novas relações, a novos encontros.
Hoje, revendo o caminho percorrido, fazemos memória agradecida e recordamos com gratidão cada passo dado. Inspiradas na força da mística e da profecia da intuição que deu origem ao nosso carisma, renovamos nosso compromisso com o anúncio e a construção do Reino de Deus, como mulheres consagradas, atentas aos clamores do povo e da terra ferida, sendo sinais de esperança na defesa e no cuidado da vida.
Buscando alimentar e reinventar continuamente o carisma, vivemos o seguimento de Jesus Cristo pobre e crucificado, do jeito de Clara e Francisco de Assis, em pequenas irmandades, inseridas no meio do povo simples e pobre, deixando-nos interpelar pela realidade do momento histórico em que vivemos.
Celebrando o dia da Congregação, como Madalena e as mulheres da Alvorada, em sinodalidade, somos convidadas a assumir com amor e entusiasmo o projeto de vida que abraçamos e a tecer relações de interculturalidade, de comunhão, de inclusão; a continuar percorrendo os caminhos do povo com paixão, comprometidas com a Igreja em saída; a acolher as novidades do Espírito que nos impulsiona ao encontro com os crucificados da história, na certeza de que, depois da noite escura, encontraremos a luz cintilante da aurora.
O contexto de travessia em que estamos vivendo na congregação e na sociedade nos interpela a esperançar, vivendo como irmãs peregrinas, anunciadoras da esperança, sem deixar morrer a profecia! A caminhada despojada é condição para ver a face de Deus nos olhos alegres e tristes dos pobres, na brisa suave e nas intempéries da história (Irmã Tereza Valler).
Com o coração agradecido, cantamos ao Deus da Vida e da história, por cada passo dado, em diferentes realidades, em diferentes tempos; pelo chão sagrado de cada cultura e de cada povo que nos acolheu e nos acolhe e pelas diversas expressões do nosso carisma, que vão abrindo horizontes fecundos e transformadores em nossa vivência cotidiana!
Com Amábile, Liduína, Maria e todas as que nos precederam, reafirmamos nosso desejo de “ficar sempre” e avançamos, juntas, com confiança e alegria!
Parabéns a cada irmã, simpatizante, formanda, por permitir que seus sonhos, suas buscas, seu pertencimento, deem rosto, alegria, dinamismo a esses 108 anos de história!
"Oh, Deus da Vida, caminha conosco! Dá-nos firmeza em nosso SIM!"