O jovem Malungo Daniel Kosanga alimenta o sonho de viver a Vida Religiosa Consagrada na Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas. Espera por irmãos que tenham o mesmo desejo. Vejamos o seu testemunho vocacional.
Sou Malungo Daniel Kosanga. Vivo em Luanda, capital de Angola. Sou filho de Sebastião Daniel, de feliz memória e de Orlanda Daniel. Pertenço a diocese de Viana, paróquia de Santa Maria Madalena, Kazenga, Kalauena. Em função de uma educação cristã, que recebi dos meus pais, desde muito cedo, tive participação nos grupos de catequese e movimentos da minha paróquia e comunidade. Neste contexto, foi nascendo o desejo de servir a Deus mais de perto, como consagrado, como padre. À medida que eu crescia, aumentava ainda mais o desejo, porém eu não tinha um acompanhamento para me dar uma direção.
Continuei alimentando este desejo, quando houve um comunicado para quem quisesse fazer parte de um grupo de vocacionados. Lá fui eu. No início fui acompanhado por um padre, missionário do Verbo Divino. Em 2010, fiz uma primeira experiência na Congregação dos Missionários Josefinos. Infelizmente não me adaptei. Voltei para a família como um fracassado e precisei recomeçar novamente a minha busca. Retomei ao grupo dos vocacionados até que alguém me convidou para conhecer os Salesianos de Dom Bosco. Percebi naquela congregação que o espírito de simplicidade reinava lá, mas por razões alheias, não caminhei com eles e assim terminou mais um percurso vocacional.
O desejo vocacional crescia dentro de mim. Cada vez mais as luzes se acendiam, agora com mais clareza, através do testemunho das Irmãs Catequistas Franciscanas, nos serviços de catequese e educação. Destaco especialmente a pessoa da irmã Aurélia D`Almago e a sua participação no acompanhamento vocacional. As luzes de Clara e Francisco de Assis, iluminavam a minha vida, nos serviços missionários das irmãs, na simplicidade e no serviço junto ao povo. E eu disse: - É desse jeito que eu quero ser, como essas irmãs do povo. Infelizmente é uma congregação com um ramo apenas feminino, como poderei ser um irmão ali, me interrogava. Entrei em conflito pessoal, mas manifestei meu desejo para as irmãs, que me orientaram conversar com a irmã Maria Lunardi, responsável pela missão Angola, naquele momento. Ela com aquele gesto simples, acolhedora como uma mãe, com muito carinho, deu-me um forte abraço. Até o dia de hoje recordo aquele abraço que eu considero como um sim. Ela sugeriu que eu escrevesse uma carta ao Conselho da Congregação para encaminhar à Assembleia Geral, que aconteceriam no final de 2018. Graças a Deus foi bem recebida Descobri através das irmãs que havia mais rapazes interessados. Éramos 04 jovens e começamos um acompanhamento em grupo. Quem nos acompanhava eram as irmãs Ana Macedo, Ministra Geral e a conselheira Marlene dos Santos.
Desde lá o tempo foi caminhando. Meus colegas, em seu discernimento fizeram outro caminho e eu continuo firme nesta busca. Estou bem motivado. As pessoas dizem para eu ser padre, pois meu comportamento, as orações que vou dirigindo, demostra que eu tenho jeito, mas isto contraria meu pensamento. Aqui onde vivo, este Cristo Jesus se apresenta no meio do povo como pessoa simples que veio para os fragilizados. O Cristo não está só nas celebrações, ele continua na pessoa do irmão necessitado na rua, nos lugares simples e mais necessitado. Sinto-me identificado com o carisma das Irmãs Catequistas Franciscanas. Cada vez tenho mais claro que é desde jeito, junto aos pobres, que eu quero servir e construir o Reino de Deus.
Então, você não gostaria de viver o Carisma como Irmão Catequista Franciscano?