Com Maria, renovar o compromisso do SIM dado, na entrega generosa: “Eis aqui a serva do Senhor...”! Que a tua vontade aconteça no Reino, pela minha entrega a teu serviço! Há mulheres e homens que te amam mais que a si, e dizem com firmeza: Vê Senhor, estou aqui!
Celebrar o Domingo ou o Dia da Vida Religiosa Consagrada, em movimentos de Reorganização da Congregação e, em tempos de jubileu da Vida Religiosa é deixar-se mover pela Compaixão, pela Fé e pela Esperança. Com o ouvido colado ao chão da vida, “Coração ardente, pés a caminho”!
Escutar a voz do Espírito que nos chama e nos envia apressadamente pelas montanhas da Galileia ou pelas periferias, a ouvir o clamor da vida ferida! São crianças, manas/os, primas e Isabéis, indígenas, migrantes, jovens que necessitam do nosso colo, escuta, serviço, abraço para que a vida prevaleça.
É escutar, sonhar e debruçar-se na construção de um projeto concreto, pondo as mãos na massa, diante do clamor da Casa Comum, ameaçada pelo poder e pela ganância. É ouvir a vida que clama e, dentro dela, Deus, que nos convoca e nos confia seu projeto.
É renovar nosso olhar, contemplar com o coração o mistério que move o ser humano, os pequenos, o mundo fragilizado e crer nessa energia que coloca o dom batismal a entrega, como fonte de felicidade e nos faz sonhar profecia: “anunciam com suas vidas a Paz e transformam o sonho no projeto a serviço da vida e da Esperança”. “Não cansa, nem se cansa o Amor”!
Reescutar o grito e a profecia que nos vem das raízes centenárias! “Os pequeninos não têm pão e não há quem lho distribua”! A quem enviarei? Pergunta o profeta Frei Policarpo: Amábile, com seu Sim, abriu o caminho, Maria e Liduína com ela assumiram e confirmaram: a missão é para sempre.
A partilha do pão, a solidariedade, se multiplicaram. As fomes, as sedes clamam ... Ainda há doze cestos a serem partilhados e corações generosos que dizem: Eis aqui a serva do Senhor!
O convite é celebrar a mística da Vida Religiosa Consagrada, com Maria, a Mãe cheia de Graça! Com ela, adentrar no silêncio da Casa de Nazaré, feita de acolhida, da escuta da voz da Divina Ruah, que nos chega dos “ecos” do povo pobre. É antenar-se nas atitudes de cuidados, da alegre convivência, partilha, diálogo, humildade, perdão, na fidelidade criativa, construída a muitas mãos, sonhadas juntas, desde Amábile Maria e Liduína!
Com o nosso SIM a Vida Religiosa Consagrada, somos chamadas a colaborar na prática de uma igreja sinodal, na comunhão e participação, onde podemos cantar o sonho e a beleza, na mesa da igualdade e da sororidade, sonho de Deus e pedido insistente do nosso Papa Francisco.
Obs.: Esta notícia foi escrita e enviada por Irmã Maria Ármine Panini, In memoriam, uma semana antes de ser internada no hospital. Gratidão, querida irmã!
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