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11 Setembro 2024
FRANCISCLAREANDO - Palavra Alimento e Vida

 

“No princípio estava a Palavra/ a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus” – assim, o poeta parafraseia o início do quarto Evangelho. Pela Palavra tudo foi criado e, a própria Palavra fez morada entre nós e nos manifestou os segredos de Deus (Cf. Jo 1,1-18). A Palavra feita homem sempre falou do Reino de Amor, de Verdade. Reino sem dominação nem opressão, onde o Amor é a Lei, a Justiça é o escudo de quem luta pela sua instauração na terra.

Pela Palavra, Deus envia: “Sai de tua terra, Abraão”, Vai, Moisés”; pela palavra proferida os ossos secos recobram vida (cf. Ez 37); pela Palavra, Jesus chama: “Vem” e, como no início, tudo acontece, segundo a Palavra: quem é enviado parte e quem é chamado segue. E, pela Palavra ouvida e obedecida “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.

Esta Palavra que nos anima e fortalece, está sempre entre nós, animando, chamando e enviando e, sempre dando vida.

Francisco e Clara tinham esta palavra na mente, no coração, nos pés e nas mãos. Era seu fundamento e motor, alimento e horizonte.

Clara provavelmente nunca manuseou uma bíblia. Eram raríssimas na época (Lembremos que a imprensa só apareceu três séculos mais tarde). Mas, segundo suas irmãs, ela era ouvinte atenta e devota. “Disse ainda a testemunha que madona Clara sentia um gozo especial em escutar a Palavra de Deus. Embora não tivesse estudado letras, comprazia-se em escutar pregadores eruditos. Um dia, pregando Fr. Filipe de Atri, a testemunha pôde observar, junto de Santa Clara, um menino muito formoso, que aparentava três anos. E suplicando a Deus no seu interior que tudo aquilo não fosse um engano, ouviu uma voz interior que dizia: “Eu estou no meio deles” (Mt 18, 20), dando a entender que aquele menino era mesmo Jesus Cristo e que está presente quando os pregadores proclamam a Palavra e os ouvintes escutam com devoção.

...E afirmou ainda que durante todo esse tempo, um grande resplendor que não lhe parecia de natureza material, mas antes como um resplendor de estrelas, envolvia Santa Clara. E disse ainda que esta visão lhe causou uma doçura indizível.

Francisco era dos que ouvem a Palavra com a fiel reverência que ela merece e a praticam com toda a urgência que ela exige. Seu primeiro biógrafo nos transmite este testemunho: “Mas, como em um dia foi lido nessa igreja o evangelho de como o Senhor enviou seus discípulos para pregar, o santo de Deus, aí presente, ouvindo bem as palavras do evangelho, depois da celebração da missa suplicou ao sacerdote que lhe explicasse o evangelho.

Depois que ele lhe explicou tudo em ordem, ouvindo são Francisco que os discípulos de Cristo não deviam possuir ouro, prata ou dinheiro, nem levar pelo caminho bolsa, sacola, nem pão ou bastão, não ter calçado nem duas túnicas, mas pregar o reino de Deus e a penitência, ficou logo exultante e disse: “É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer com todo o meu coração”.

Então o pai santo se apressou, transbordando de gozo, para cumprir o salutar aviso, e não suportou nenhuma demora para começar a cumprir o que ouvira.

Desamarrou imediatamente os calçados, tirou o bastão das mãos e, contente com a túnica, substituiu a correia por uma corda.

... E tratou de fazer as outras coisas que ouvira com a maior diligência, com a maior reverência. Porque não tinha sido um ouvinte surdo do Evangelho. Antes, confiando à sua louvável memória tudo que ouvira, cuidava de levar tudo adiante diligentemente (1Cel 22 1-5. 9-10).

Que a Palavra seja sempre nosso alimento e bússola, seja a luz em nossas decisões e força em nossa fragilidade. Que a busquemos com a sede e a devoção com que a buscavam Francisco e Clara. Peçamos que o mesmo Espírito que a inspirou nos dê o reto entendimento de sua mensagem e a firme decisão de praticá-la com a radicalidade que exige e com o amor que é sua Fonte.

Tu santa Palabra, Señor, en mi corazón guardaré. Para siempre amar, para siempre amarte a Ti”.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria Fachini - Catequista Franciscana

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