Povos Indígenas se unem contra a Economia da Destruição
Em tempos de crise ambiental e social, os povos indígenas se levantam em defesa da vida. Os povos Karitiana, Karipuna, Tupinambá e Tikuna, estão reunidos em Porto Velho (RO), de 12 a 14 de novembro, com o apoio da Arquidiocese de Porto Velho, Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e da Embaixada da Alemanha. O objetivo é discutir a conjuntura indigenista atual e o desmonte dos direitos garantidos constitucionalmente, como os artigos 231 e 233.
Os ataques aos direitos indígenas, como o Marco Temporal, promovem a destruição e o desmatamento das terras indígenas. Essa tese jurídica defende que os povos indígenas só têm direito às terras que ocupavam na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988, ignorando a história de violências e remoções forçadas que sofreram.
Além do Marco Temporal, os povos indígenas também enfrentam as falsas soluções econômicas, que avançam com a economia da destruição. Todos estes territórios - Karipuna, Karitiana e Tupinambá - são afetados diretamente pela Zona de Sustentabilidade Econômica Abunã Madeira (AMACRO), um projeto que visa promover o desenvolvimento econômico na região amazônica.
Em sua resistência milenar, esses povos buscam formas de manter seus modos próprios de vida e suas economias tradicionais. Fortalecem suas lutas com alternativas econômicas sustentáveis, como o beneficiamento do babaçu, que respeitam a terra mãe e fonte de vida.
Com sua sabedoria ancestral, afirmam: "economias indígenas, contra a economia da destruição". Não ao Marco Temporal! Sim à vida e à demarcação das terras indígenas!