“Com o Cântico das Criaturas somos convidados e convidadas
a pisar leve - cuidar,
abraçar e ser abraçados por uma irmandade universal.”
O ano de 2025 marca o oitavo centenário da composição do Cântico das Criaturas" de São Francisco de Assis. Momento significativo para a Igreja no Brasil, que celebra a data nos convocando para o cuidado com a "Casa Comum".
O "Cântico das Criaturas" é um poema de louvor a Deus e que, como Francisco, vejamos a manifestação de Deus em cada criatura. Neste Cântico, Francisco celebra os resquícios de Deus criador e sua presença em cada criatura e tudo o que existe. Por isto respondemos aclamando com certeza e convicção: “Ele está no meio de nós”. O cântico é expressão concreta dessa energia que cria e recria e nesse espaço, Deus faz sua morada.
No dia 29 de novembro Simpatizantes do Carisma, a OFS, as Irmãs Catequistas Franciscanas, na paroquia São Francisco em Rodeio-SC, celebraram o legado de Francisco de Assis, que canta e encanta, com uma arte talhada em ferro, criada por João Jesus de Paula, para eternizar esta data, que vem lembrar o compromisso com o Cuidado da Casa Comum. Neste dia, acolheram oficialmente o estandarte da Ação Francisclariana, que está em peregrinação celebrando os 800 anos desta poesia encantadora.
Ver este símbolo, é recordar que toda criação canta e louva a beleza do Altíssimo em cada criatura, e sua existência, louva o Senhor da vida.
Este momento celebrativo coincide com o primeiro domingo do advento que interpela a esperançar - vigiar...”Vigiai fiquem atentos no cuidado da Casa Comum...
Ele vem, vem da Belém da Judeia...” Belém é o colo onde o Deus-menino abraça todas as criaturas. No presépio de Francisco, tudo estava integrado: boi, jumento, feno, luz, noite, irmãos, negro, mulher, todos/as sem nenhum preconceito
Em Belém do Pará, Deus continua se encarnando em cada vida ameaçada, especialmente mulheres, jovens e povos originários. Ele nos pede o olhar francisclariano: ver Cristo no rosto ferido dos crucificados de hoje.
Belém é profecia que nasce descalça. Os profetas anunciaram a paz que viria de Belém. Francisco de Assis fez dessa paz um modo de viver.
É Belém nossa Casa Comum, ouvir os gritos da terra, os gritos dos pobres, e a partir da fé e nossas ações, respondermos com responsabilidade, sensibilidade, criatividade, solidariedade...
Assim como os pastores guardiães do estábulo, do campo, assumir com coragem nossa missão de guardiãs e guardiães da criação para nova humanização. Deus faz sua morada entre nós!

