Nos dias 24 e 25 de agosto, na Meia Praia – Itapema/SC, realizamos o Encontro das irmãs e leigos/as que atuam em projetos sociais na região de Santa Catarina. Contamos com a participação de 14 irmãs e 09 leigos/as e refletimos a temática - Luta por Políticas Públicas no contexto atual, assessorada por Carlos Eduardo Arns.
O momento orante teve sua inspiração no texto de Êxodo 3, 7-9 – “Eu vi muito bem a miséria do meu povo... Ouvi o seu clamor contra seus opressores e conheço seus sofrimentos. Por isso, desci para libertá-lo e fazê-lo subir dessa terra para uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”.
Em seguida recordamos a motivação de nossas Linhas Inspiradoras e o que reza o texto do caminho 3: Fortalecer nossa atuação em espaços alternativos, nos projetos sociais, nas políticas públicas e movimentos sociais, ampliando o trabalho em redes e parcerias, na partilha e na gestão profético-solidária dos bens, comprometidas com a justiça social e ambiental. (LIs 1, 3 e 4 e Caminhos 2013 - 2016).
Depois fomos motivadas a contemplar imagens de nossa ação missionária, especialmente os projetos sociais e outras atividades na área social, onde marcamos presença.
Coletivamente fizemos uma memória do encontro anterior, relembrando elementos centrais e, ao mesmo tempo, tendo presente o contexto atual.
Seguem algumas provocações, construídas ao longo do encontro, juntamente com o assessor:
* Qual o diferencial do trabalho da Irmã Catequista Franciscana / simpatizante/leigo/a no contexto atual?
* Com que modelo de desenvolvimento os nossos projetos / atividades estão articulados? Que modelo de desenvolvimento minha ação está provocando?
* É preciso lutar por um desenvolvimento que seja sustentável, que pensa a territorialidade como construção de identidades, como afirmação de sujeitos. Pois, o capitalismo visa a desterritorialização, passando a falsa ideia de que todos podem acessar os meios necessários à vida.
* Precisamos conhecer os contextos em que atuamos. Percebe-se um contexto de mobilidade social, migração, povos indígenas, catadores/as, afrodescendentes, desempregados/as, dependentes químicos...
Noutro momento, em pequenos grupos, por municípios, tendo presente nosso chão e ação missionária, respondemos às seguintes questões: O quê?(projeto/atividade); Por quê?(razões/motivos); Como?(metodologia) e Parcerias?
A partir da plenária das questões acima fomos construindo o nosso encontro. Seguem algumas reflexões:
* Não adianta estar num bairro, empatando todas as energias, se não sabemos onde queremos chegar, quais são as nossas metas?
* A Economia Solidária é parte da estratégia do desenvolvimento sustentável – passa pela territorialidade.
* Qual é a metodologia que orienta a nossa prática? De que fonte bebemos? Qual é o caminho? Qual é o método?
* Precisamos realizar um diagnóstico do local onde atuamos. Com que parcerias vou me juntar? Quem são os parceiros e quem são os apoiadores/as? É preciso diferenciar.
* Estado e sociedade civil precisam trabalhar juntos. Porém precisamos saber que Estado queremos.
O assessor desafiou ainda o grupo a ver em que estágio do processo está cada projeto / atividade. Citou os grupos de GERAÇÃO, TRABALHO E RENDA – nas suas 4 etapas: a) Identificação das habilidades; b) Iniciação de práticas; c) Olhar dentro de um empreendimento; d) Gestão do seu empreendimento.
Conforme Pe. Giorgio Paleari,
“É preciso arriscar-se!
Sair do lugar estagnado, da escuridão, da monotonia.
É preciso dar passos, avançar no caminho da missão...”