pg incial 2018

Você está aqui: HomeNotíciasPrimeiro Domingo
30 Novembro 2013
Primeiro Domingo

A palavra Advento vem do latim advenire, que significa chegar. Na liturgia dos quatro domingos do Advento celebra-se a ansiosa espera e a preparação para a chegada de Jesus, no Natal. Mas, o que significa esperar a chegada de alguém que já está? Ou será que ainda não se deu o encontro esperado e, por isso, continuamos no ansioso tempo de espera. Talvez, essa seja a razão que nos leva cada ano a celebrar o Advento sem muita esperança! Com certa inquietude e insegurança cantamos, até gritamos: “vem, Senhor, não tardes mais!” Mas, o que nos impede de encontrar alguém tão ansiosamente esperado, se o coração o deseja e o olhar atento o busca?

Este ciclo de ansiosa espera acontece também em nosso dia a dia. Sempre estamos à espera de algo. É a  esperança que nos move, nos mobiliza e coloca-nos em direção ao desejo que gera a nossa inquieta busca. De alguma maneira, a liturgia celebra aquilo que o nosso coração anseia: Por que não o vejo? “Onde anda o meu amado?” (Ct 6,1). Um desejo camuflado de ninharias, escondido debaixo de tanta bugiganga, que compramos sem nem saber a razão. Em vez de ir fundo no sentido mais profundo da nossa ansiedade, deixamo-nos levar pela propaganda e pela preocupação com a aparência.

Evangelho do 1º domingo do Advento: Mt 24,37-44

Este desejo, busca e incerteza transparecem no texto do evangelho de hoje. Ao ler este texto, tomamos consciência de que um ritmo intenso de exigências e surpresas invade nossas vidas. Há encontros e desencontros, que formam um emaranhado de fatos e mistério. Muitas vezes nos perguntamos: “por quê aconteceu tal coisa? Não há resposta completa, clara, porque estamos envolvidos pelo mistério. Só nos resta acolher as surpresas de Deus. Já dizia o Papa Francisco este ano, em Aparecida: “Deixem-se surpreender por Deus”.

De maneira surpreendente, entra Deus em nossa vida, sempre. O evangelho de hoje lembra textos do AT muitos conhecidos das pessoas da comunidade de Mateus que, na sua maioria, era formada por Judeus. Por isso, Jesus faz memória do dilúvio (Mt 24,37-40). Lembra também fatos acontecidos durante a guerra dos judeus contra Roma, do ano 66 até 74 d.C., quando os zelotas tomaram a cidade de Jerusalém e o exército romano, conduzido por Tito, ia passando pelos povoados da Galileia e da Judeia, casas do povo do interior e pessoas que estavam trabalhando no campo; com terrível violência, ia arrasando tudo o que encontrava (Mt 24,41). Nessa época, muita gente foi massacrada e a cidade de Jerusalém destruída.

 O que este texto diz para nós, hoje?

Jesus lembra tudo isso para animar as comunidades a viver na expectativa esperançosa de uma visita de Deus que consola, liberta e compromete. A visita de Jesus, o “Filho do Homem”, é uma visita boa, dessas que alegram o coração da gente e deixam saudades. E o pessoal das primeiras comunidades cristãs esperava que Jesus viesse logo, viesse depressa, sem perceber que ele já estava presente no meio deles.

Esta esperança do povo é nutrida pelo texto de Isaías 2,1-5. Esperança de um tempo de paz, conquistado através de um projeto de humanização. Em meio ao terror da guerra, o profeta anuncia que chegará um novo tempo de paz, porque “das espadas serão feitos arados e, das lanças, tesouras de podar” (Is 2,4). E termina dizendo que para poder construir a paz “temos que caminhar na luz de Deus!” (Is 2,5).

Este é o projeto de Jesus, o “Filho do Homem”. Seu projeto visa tornar mais humanas e sensíveis, solidárias e criativas todas aquelas pessoas que o encontram e o seguem de verdade. Tomara que esta seja a nossa busca neste tempo do Advento.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Mercedes Lopes

Comentários  

#2 Emilia Altini 08-12-2013 16:44
Descobrir o sentido da espera, faz descobrir o valor do viver e da busca incessante do Deus que em sua visita nos ouve e nos enche de renovada Esperança.
#1 Marilete Jorgina Rover 02-12-2013 20:14
Esta espera nos anima, nos fortalece para a caminhada. Parabéns Mercedes.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar

Direção
Isabel do Rocio Kuss, Ana Cláudia de Carvalho Rocha,
Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

Serviços - logo branca
JFC

Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas
Rua Des. Nelson Nunes Guimarães, 346
Bairro Atiradores - Joinville / SC – Brasil
Fone: (47) 3422 4865