Celebrar a Eucaristia é:
Comer, juntos, do mesmo pão...
Partilhar o cacho de bananas.....
Andar juntos pelo mesmo caminho....
Estender a mão aberta para acolher a outra mão....
Carregar um sorriso nos lábios pela alegria de encontrar o irmão, a irmã...
Alegrar-se pelo canto dos pássaros, pelo perfume das flores, pela brisa das matas...
Sorrir junto às fontes de águas brilhantes.....
Plantar sementes até que a terra seja um grande jardim...
Dar carinho e comida a uma criança, fazê-la sorrir...
Visitar pessoas idosas e ficar algumas horas com elas...
O templo é um espaço muito pequeno para celebrar a Eucaristia da Vida: não há lugar para todas as criaturas.
É por isto que o templo do sol é o pavilhão do universo.
É ali que celebra o louvor universal de todas as criaturas.
As velas nunca substituirão o sol, a lua e as estrelas.
Nem as toalhas brancas se assemelham às nuvens do céu.
A mesa do altar não tem a cor da terra.
E, por que, apenas um ramalhete de flores sobre o altar e deixar lá fora o jardim e a floresta?
E o incenso dos turíbulos substituirá o perfume das flores?
A Encarnação foi à primeira Eucaristia de Cristo, onde Ele celebrou a comunhão, (a comum + união) com as criaturas do céu e da terra.
Depois, Ele gostava de encontrar-se com o Pai, andando pelos campos, contemplando os lírios, os pássaros e o barco singrando as águas azuis do lago. Raramente entrava no Templo, todo cheio de púrpura e ouro; preferia os jardins das oliveiras, prateados pelo fulgor da lua cheia.
Há tão pouca comunhão nas Eucaristias dos nossos templos, só porque deixamos lá fora a natureza.
Uma boa Eucaristia só acontece quando nos encarna no humano, nos une e nos faz húmus com a terra, o lugar da verdadeira fraternidade.
A Eucaristia da vida não tem hora e nem lugar.