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26 Maio 2014
GRAI EM ECONOMIA SOLIDÁRIA INTERAGINDO COM O BANCO COMUNITÁRIO PAULO FREIRE

“A economia solidária promove o bem viver na medida em que suas práticas buscam a felicidade e a garantia de respeito aos direitos fundamentais da vida, com base na organização coletiva e na valorização das diversidades e do meio ambiente”(FBES).

Esta inspiração acompanhou todo o encontro do Grupo por Área de Interesse (GRAI) em Economia Solidária, que se deu em São Paulo, nos dias 06 e 07 de maio. Como já vem ocorrendo em todos os encontros, faz-se um dia de aprofundamento de temáticas específicas e outro de visita a projetos de economia solidária e geração de renda.

Desta vez, o grupo escolheu conhecer o Banco Comunitário Paulo Freire, pois, além de integrar uma ampla rede de bancos ligados à ES, a província ICM também deu apoio ao mesmo com recursos financeiros. A visita se deu no dia 06. Metrô e ônibus nos conduziram até a periferia de São Paulo, na Zona Leste, onde conversamos com algumas lideranças que coordenam os trabalhos do Banco.

Maria das Dores Ferreira, Agente de Desenvolvimento Comunitário e gestora do Banco, nos relatou vários aspectos da história e luta da comunidade e do movimento de moradia para a conquista de habitação para várias famílias. Após muitas manifestações e pressão sobre os órgãos públicos, processo que durou 12 anos, hoje, 100 famílias residem num prédio, construído em mutirão pelos próprios moradores/as.

As mulheres tiveram papel fundamental em todo esse processo de luta, construindo com as próprias mãos seus espaços de moradia e animando a comunidade em todas as atividades. “Eu acredito no poder da união do povo, quando estamos juntos, nós conseguimos ir muito longe e se acreditamos em nós e corremos atrás do nosso sonho, vamos longe”, destacou Maria das Dores.

 O Banco foi criado em junho de 2011, juntamente com outros três bancos comunitários nas periferias de São Paulo, como parte do Projeto Moradia Solidária, levado adiante pelos Movimentos de Moradia. Está instalado numa pequena sala, no prédio construído em mutirão e é um espaço onde circulam recursos de pequenos empreendimentos. Entre as atividades do Banco estão as feiras comunitárias onde circula o Freire, que é a moeda social própria, instrumento que incentiva e fortalece o desenvolvimento local.

As informações e o conhecimento, obtidos na visita, foram complementados, à noite, assistindo ao vídeo “LUZ, CÂMERA, AÇÃO POPULAR – A Trajetória do Direito ao Sonho...”. Este documentário foi realizado pelas famílias dos Mutirões “Unidos Venceremos” e “Paulo Freire”, situados no Extremo Leste de São Paulo. Apresenta relatos e mobilizações dos Movimentos de Moradia, especialmente do bairro Prestes Maia, onde se situa o Banco Paulo Freire.

Outra agenda complementar a esta se deu no segundo dia, a partir do aprofundamento do tema “Economia Solidária promove o Bem Viver”, um dos capítulos da Cartilha dos 10 Anos do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES). Entre os aspectos comentados, destacamos que “a ES tem como princípio a autogestão, a solidariedade, o reconhecimento e a valorização dos saberes tradicionais. É uma estratégia do Desenvolvimento Sustentável e Solidário que não se confunde com o microempreendedorismo individual, nem com a economia verde e propõe ações urgentes para garantir condições de vida no planeta, sem degradar o meio ambiente e respeitando o ciclo completo da natureza. A autogestão fortalece a ES na medida em que enraizamos esta prática em nossas comunidades”.

Assim, o conceito de Bem Viver complementa o sentido de sustentabilidade, diferenciando-o de seu uso pelo capitalismo, pois está ligado ao ser e não ao ter; envolve um intenso e adequado processo educativo e solidário, entendendo que somos parte do ambiente.

Além dessas agendas, o grupo partilhou e refletiu aspectos da vida e missão da província. Foram momentos intensos e agradáveis de convivência, conhecimento de novas realidades e aprofundamento, tendo em vista a retomada constante e o fortalecimento de nossa missão.

Agradecemos à irmandade da Vila Matilde que nos acolheu com tanto carinho e animação! Que a corajosa decisão de Amábile, Maria e Liduína siga sendo fonte inspiradora para a acolhida dos novos tempos e realidades e a escuta aos apelos que a história nos faz! 

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmãs Beatriz C. Maestri e Lucia Gianesini – PICM, pelo GRAI ES

Comentários  

#1 Neusa 01-06-2014 05:11
Parabéns irmãs, pela iniciativa do grupo GRAI de discutir e conhecer in loco a experiência do Banco Comunitário.
Cada experiência trás as novidades de sua história.

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