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01 Outubro 2019
Arriscar é preciso !!

 “Eu fiz a minha parte. Que o Senhor lhes ensine a fazer a vossa”.

Conforme nosso compromisso em nível de Congregação (Linha 3 – 2013 a 2018 e Linha 4 – 2019 a 2024), em Viedma – Rio Negro – Argentina, a fraternidade na qual estão Adriana da Silva Tejeda e Valdira Giordani, nos animamos a organizar um grupo de “simpatizantes” (na Argentina esta palavra tem conotação politico partidária, por isso o grupo se chama “Amigos e Amigas de São Francisco e Santa Clara de Assis”) em 2018, elaborando cada passo que íamos dar.

Pensamos em pessoas que conhecíamos em Viedma e que tinham conhecimento e admiração pelo nosso trabalho e pelo nosso jeito de ser e que, portanto, poderiam aderir com gosto, a participar de um grupo de leigos que aprenderia e aprofundaria o carisma francisclariano.

Saímos a visitar a cada um/a na sua casa. Sem preferencias, fomos convocando pessoas de culturas, idades e nível social bem variados: gente de meia idade, gente “madura”, jovens da universidade, casais, gente separada..., semelhante a um jardim! Fizemos uma conversa sobre o que pretendíamos e perguntamos se estava disposto/a a fazer parte de um grupo com essa característica franciscana. Deixamos um cartãozinho com a data de inicio.

O primeiro encontro, em abril de 2018, para informação, conhecimento, perguntas, curiosidades..., com “ricos mates” (chimarrão) e algo para comer. No meio disso tudo, organizamos um pouco o grupo. Êxito total! Os que disseram que “sim”, vieram! Eram 16! Nossa pequena casa transbordava! Pedimos cadeiras nos vizinhos, puxamos o armário para outro lugar, e apertados, coubemos todos na salinha! Na mesa, a Cruz de São Damião, um cartãozinho com a mesma cruz e a oração de Francisco diante dela, e uma folha de cantos franciscanos como cenário.

Depois da apresentação pessoal, nós irmãs, falamos um pouco do inicio da Congregação para que compreendessem a razão de “um grupo leigo franciscano”. Dissemos umas poucas coisas da vida de Francisco dentro de um processo de conversão; e de Clara, alguma informação de sua família e sua proximidade com Francisco.

A partir desse primeiro encontro, alguém sempre faz um relatório, o qual vamos arquivando, e todos, saem com um compromisso, ainda que seja simples. Até a data do segundo encontro em maio, rezariam com frequência, essa oração que receberam.

Juntos/as fizemos uma organização mínima para poder andar: os encontros acontecerão mensalmente; sempre haverá um tema de reflexão e oração; se trará algum comestível para partilhar como janta ao final. Para todos foi uma grande novidade participar de um grupo assim! A alegria e o fascínio caracterizaram o encontro!

Passado um tempo, quando o grupo foi se solidificando, resolvemos comprar umas cadeiras e banquetas para poder acolhê-los e simplificar o serviço de sempre buscar cadeiras em outro lado.

Para o encontro de maio, criamos uma pasta para cada um, com material reciclável que trazia a foto de Francisco e Clara na frente e enfeitada com imagens da natureza. Isto, para guardar tudo o que vão recebendo. O primeiro material foi uma folha com dados de cada um, as datas dos encontros de 2018 e temas correspondentes, e datas significativas da “Família Franciscana” e do meio ambiente. Isto deu motivo para falar de questões ecológicas e ambientais ligadas à Encíclica Laudato Si¢”, no espirito de S. Francisco de Assis. Introduzindo isso, pouco a pouco fomos dando ênfase nesse jeito de ver, tratar e cuidar da “Casa Comum”. Até a celebração dos aniversários passou a ter “um presente franciscano”: uma planta de jardim em recipientes de reciclados! Esse gesto se mantém, com alguma modificação. Por sorteio, cada um pegou um nome, e a essa pessoa  dará seu “presente franciscano” elaborado por suas próprias mãos. Os compromissos começaram a estar ligados com o que sugere o Papa Francisco no nº 211 de Laudato Si  a respeito da Casa Comum.

Passados alguns meses também damos um lugarzinho a S. Clara. Eles mesmos pesquisaram quem era essa mulher, sua vida, suas decisões, etc., e no encontro seguinte, partilharam sobre o tema investigado. Foi surpreendente! Cada vez mais se animavam por pertencer em um grupo assim. Eles mesmos o diziam, e dizem! E ao saber que no Brasil e em outros países há muitos grupos de Amig@s de S. Francisco e S. Clara, quiseram escrever aos da Província S. Francisco, que dentro de pouco se reuniriam em Curitiba. Assim o fizeram, enviando também a foto do grupo.

A comemoração dos “800 Anos do encontro de Francisco com o Sultão”, introduziu no grupo a saudação de “Paz e Bem”, que vai se incorporando pouco a pouco nas saudações entre os membros do grupo.

Com o “Cântico do irmão Sol”, que nomeia uma infinidade de elementos entre eles a “irmã e mãe terra”, fizeram uma forte experiência, a exemplo de Francisco, de sentir-se pequeno, frágil, olhando a Jesus Cristo na sua kênose e paradoxalmente, na sua grandeza. Deus veio morar conosco. O Santíssimo foi posto sobre a “mãe terra”, e de joelhos, O adoramos. Como Jesus, Francisco deixou um mandamento a seus irmãos: “Eu fiz a minha parte. Que o Senhor lhes ensine a fazer a vossa”. Inserido na terra, Casa Comum, Deus se mantém sendo o “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor”, na concepção de Francisco. Dali surgiu o compromisso: fazer o exercício permanente de reconhecer Deus em tudo; um caminho para imbuir-se da espiritualidade franciscana.

Um dos compromissos tomados foi o de limpar e preservar a Casa Comum a partir do espaço onde vivemos. A coleta de materiais recicláveis se vende, e o pouquinho que rende se aplica em beneficio de necessitados. Também tiveram a iniciativa de acompanhar alguma família da favela de terreno ocupado. Conseguiram instalar luz, água, fornecer um pouco de gás e vários elementos de primeira necessidade. Esse foi o fruto da celebração do natal de 2018 que pedia para levar ao presépio, nomes de famílias ou pessoas necessitadas.

Concluindo o ano, formulamos uma avaliação pessoal que perguntava por seu próprio crescimento, por sua disposição para continuar, por seu aproveitamento da experiência feita, etc.; isso abriu novos caminhos para 2019. Juntos/as fizemos o programa com as datas para este ano. A frequência mensal permanece, mas são eles que, livremente, assumem a preparação dos temas de reflexão e estudo, orientados e acompanhados por nós irmãs.  Com esse compromisso, um deles teve a inspiração de montar uma Cruz de S. Damião sobre um pedaço de tijolo; esta imagem vai passando em cada uma das casas dos membros do grupo, abrindo para chegar a casas ou ambientes onde considerem que faria bem que essa imagem chegasse. As experiências contadas sobre essa visita são encantadoras! Fortalece a pessoa e a mantém na busca de um jeito conforme o de Francisco e Clara.

Agora estamos aprofundando os temas do ano anterior e acrescentando alguma coisa nova. A semente está plantada, e também está dando alguns frutos. Nosso desejo é alcançar que o grupo caminhe cada vez mais fortalecido e com autonomia, onde as irmãs já não precisam ser as que coordenam e sim as que passam a ser acompanhantes e assessoras.

Irmãs, essa experiência na missão além fronteiras nos ajuda de forma significativa a manter e aprofundar nossa espiritualidade francisclariana, em tempos onde o pequeno e simples carece de valor e onde a Casa Comum sofre descuido e destruição.

A irmandade entre os membros do grupo de Amig@s de S. Francisco e S. Clara nos leva a viver e dizer cada dia, “Paz e Bem”!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmãs Adriana da Silva Tejeda e Valdira Giordani

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Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

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