O texto de irmãs Isabel e Francisca traz os temas rezados no Retiro em Fátima de São Lourenço, com questões que podemos aproveitar para os momentos de oração pessoal e comunitária. Vale a pena conferir.
O retiro foi realizado nos dias 24 a 28 de julho de 2023, em Fátima de São Lourenço, no nosso “Recanto Terra Mãe”. Éramos 29 irmãs. O tema foi: Espiritualidade, Sinodalidade e Relações Interpessoais, assessorado pelo Frei Vanildo Zugno, OFMCap.
A dinâmica do retiro seguiu três caminhos: 1º a palavra de Deus; 2º a palavra de São Francisco; 3º a palavra do Papa Francisco.
No primeiro dia, o tema para rezar no primeiro dia foi o “Silencia para escutar a outra”. A motivação veio com a música de Pe. Zezinho: “O silencio está cantando”.Fomos convidadas a rezar, a partir de algumas questões:
a) Consigo, no meu dia a dia, criar espaço de silêncio para escutar a voz da outra?
b) Em nossa comunidade conseguimos criar espaço de silencio?
c) Quem eu digo para mim que eu sou?
d) Como eu me coloco diante de Deus, como serva ou senhor?
No segundo dia, rezamos a relação com a outra. O assessor apontou-nos a importância do cuidado. Fomos lembradas que, para construir a Vida Fraterna é preciso sermos arquitetas e artesãs. O texto para oração pessoal foi Mc,10,35-45.O caminho para contruir fraternidade é so serviço. O amor fraterno precisa ser construído no dia a dia.
No terceiro dia, o tema foi Relações sociais no caminho da Sinodalidade. Rezamos em Lc 4,16-22 e fomos motivadas pelo canto: Irmão Francisco irmão de todo irmão ... Para oração pessoal, As 15 Doenças na Vida Religiosa Consagrada:
1. A doença de sentir-se «imortal», «imune» ou mesmo «indispensável», descuidando os controles habitualmente necessários.
2. A doença do «martismo» (que vem de Marta), da actividade excessiva, negligenciando inevitavelmente «a melhor parte»: sentar-se aos pés de Jesus (cf. Lc 10, 38-42).
3. Há também a doença do «empedernimento» mental e espiritual, daqueles que, à medida que vão caminhando, perdem a serenidade interior, a vivacidade e a ousadia e escondem-se sob os papéis, tornando-se «máquinas de práticas» e não «homens de Deus» (cf. Heb 3, 12).
4. A doença da planificação excessiva e do funcionalismo.
5. A doença da má coordenação.
6. Há também a doença do «alzheimer espiritual», ou seja, o esquecimento da «história da salvação», da história pessoal com o Senhor, do «primitivo amor» (Ap 2, 4).
7. A doença da rivalidade e da vanglória.
8. A doença da esquizofrenia existencial.
9. A doença das bisbilhotices, das murmurações e das críticas.
10. A doença de divinizar os líderes.
11. A doença da indiferença para com os outros.
12. A doença da cara fúnebre.
13. A doença do acumular, ou seja, quando o apóstolo procura preencher um vazio existencial no seu coração acumulando bens materiais, não por necessidade, mas apenas para se sentir seguro.
14. A doença dos círculos fechados.
15. E a última: a doença do lucro mundano, dos exibicionismos, quando o apóstolo transforma o seu serviço em poder, e o seu poder em mercadoria para obter lucros mundanos ou mais poder.
A questão para ser meditada foi: A partir da proposta de Francisco e do diagnóstico do Papa Francisco sobre as doenças da Igreja, façamos seu exame de consciência sobre o modo como cada um/a, nossa comunidade e a congregação se inserem na vida da Igreja.
No quarto e quinto dia o tema foi Nossa Relação com a Criação. Para oração pessoal, o texto em Gn 1, 2-32 - A Criação e Ap 21- O Novo Céu e Nova terra. Fez-nos lembrar que somos terra e nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta, como, a terra, o ar, a água, o sol e todos os elementos primários.Foi momento de contemplação, de sentir e ouvir os sons da natureza.
As partilhas eram feitas sempre à noite, concluindo com uma devoção Mariana. O retiro foi muito bom e somos gratas por essa oportunidade.