Tema “A sinodalidade, caminho de esperança”.
Lema: “Novas Gerações, a esperança desponta já”.
Nos dias 02 a 05 de novembro, fomos convidados(as) a entrar na ciranda da circularidade, na partilha de carismas, no caminho do esperançar como Vida Religiosa Consagrada. Fortaleza a terra do sol, com seu calor terno e fraterno, em terras nordestinas, recebeu o V Congresso das Novas Gerações, com o coração alegre de ver 190 jovens religiosos e religiosas, sendo a maioria feminina, de diferentes regiões do país, com seus braços abertos para acolher essa diversidades de culturas.
Motivadas pelo tema “A sinodalidade, caminho de esperança”, e o lema: “Novas Gerações, a esperança desponta já”, fomos chamados(as) a sair de nós mesmas e como mulheres da aurora, colocar-nos no caminho sinodal, desprender-nos de nossas preocupações, trabalhos e missão e vivenciar estes dias intensamente.
A abertura do congresso, foi marcada pela presença de irmã Eliane Cordeiro de Souza, presidente da CRB nacional. Ela trouxe para nós um pouco do que será a celebração dos 70 anos da CRB nacional, tendo como tripé: memória, mística e profecia, previsto para o ano que vem. Ao final de sua fala, motivou-nos a “avançar com audácia e profecia”.
Revisitar a memória é tecer laços de conexão entre o passado e o presente, para entrelaçar com o futuro. Frei Rubens da Mota Ofmcap assessorou a temática sobre a Identidade das Novas Gerações, dentro do processo sinodal. Recordou-nos o contexto em que surgiram os grupos de vivências, seus objetivos, e reforçou que as juventude(s) necessitam ser ouvidas, que dentro da caminhada da sinodalidade, precisamos criar pontes que interligam gerações, que o melhor caminho nunca será hierárquico, mas em vista do mesmo horizonte o seguimento a Jesus Cristo nos diferentes carismas.
Nossa querida Irmã Maria Inês Viera Ribeiro trabalhou o tema e o lema do V congresso. No início convidou-nos a sermos uma VRC mais missionária e menos institucionalizada, pois é preciso deixar-se afetar sinodalmente. Alertou-nos que por muitas vezes perdemos o brilho no olhar, ao focarmos apenas no negativo dentro de nossas instituições, sendo que, cada religioso(a) é a instituição, por isso, somos convocados a ser sinal de esperança nesses espaços, testemunhando que Cristo vive e está no meio de nós. Viver com entusiasmo a nossa vocação é contemplar o mistério da dor, cruz e ressurreição de Jesus.
Todos os dias tivemos a oportunidade de partilhar nossas experiências em pequenos grupos de vivência, nas oficinas e nos momentos livres. Foram sinais de que estamos no caminho certo da escuta, alegria, acolhida e comunhão. As celebrações litúrgicas, momentos orantes, caminhada do terço luminoso na rua e adoração foram momentos profundos de escuta, encontro e compromisso com a vocação que assumimos. Beber da fonte de nossa história pessoal e congregacional nos faz sentir que a sinodalidade é um movimento interligado com Deus, comigo mesma e com o próximo.
Senti que foi uma dádiva e responsabilidade de ter participado desse V Congresso das Novas Gerações, sou grata a Deus e as minhas coirmãs por esta oportunidade.
É preciso esperançar no caminho da sinodalidade e toda história é marcada por novas amizades, senso de pertença e comunhão. Como as mulheres da aurora, a minha missão é ser semente de esperança na realidade em que estou inserida e na congregação que abracei com amor. O processo sinodal só pode ser concretizado por meio da circularidade na intercongracionalidade, testemunhando alegria de que Jesus vive e está no meio de nós.