É com imensa alegria que  simpatizantes e irmãs, estivemos unidas/os para um momento de reflexão e  partilha, tendo como fonte de inspiração  os estigmas de São Francisco.

Como simpatizante quero  fazer um eco do que  esse momento de parada, Deus falou ao coração.

Com o tema, No caminho do Seguimento de Jesus Cristo, com Francisco, queremos contemplar os estigmas da vida, do mundo e da criação, o retiro on-line, organizado por irmãs e simpatizantes do Carisma  da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, nos dias 28, 29 e 30/06, foi sem dúvida alguma, um alento para o Espírito e motivação para a caminhada.

Marcio Dionízio Inácio, conduziu a reflexão com maestria, direcionando os nossos momentos orantes na perspectiva da observação do episódio ilustrativo da Vida de Nosso Pai Seráfico. Refletir a impressão dos Estigmas, época em que celebramos os seus 800 anos, à luz da realidade, é trazer uma contextualização viva diante de tantas chagas ainda impressas no mundo, na vida de toda criação e na realidade de nossa caminhada, hoje. Dentre tantos frutos desses dias de reflexão, eu trago abaixo algumas ressonâncias:

O Santo de Assis não se limitou a seguir apenas uma Regra - foi além, pois sua Regra era o Evangelho vivo e presente. Em sua intimidade com o Crucificado, buscou assemelhar-se ao Amado em tudo - no amor aos excluídos, na exaltação do Criador celebrando a natureza, na dor dos cravos impressos em suas mãos, pés e lado.

O episódio da Impressão das Chagas é um momento de magnificência na vida de Francisco - é a celebração mais excelsa de um amor doado à Jesus, ampliado em cada compreensão de que o Amor precisa ser amado em todas as suas  formas  e expressividades. Para tanto o irmão de Assis nos mostra um Cristo desfigurado e excluído - naquele tempo nas irmãs e irmãos  leprosos,  na atualidade na dor de cada pessoa, os descartados do sistema, os sem direitos, os sem teto, sem saúde, sem comida, sem dignidade.

Mas é preciso assumir também as nossas feridas internas - identificá-las, assumi-las em um processo de ressignificação. Transformar o que nos fere, em “pérolas”, para serem servidas e partilhadas em nossa caminhada. Parece paradoxal, mas assim foi o traço de São Francisco de Assis e assim precisamos seguir em nossas ações transformadoras - acolher a dor, não de forma cega e desproposital, mas na certeza de que essas chagas, podem ser ressignificadas e moldadas para o amor.

Celebrar os 800 anos dos Estigmas de Nosso Pai Seráfico é exaltar a intensidade do amor. Esse amor que marca e nos interpela a uma transformação, em nós e no mundo. Como Simpatizantes do Carisma é um convite a reafirmarmos a fé no chão da realidade (isso inclui as alegrias e as dores) e a urgência de amar o AMOR. Paz e bem!